Escrevendo uma carta para si mesmo
Resolveu escrever uma carta para si mesmo andava muito preocupado com certas atitudes que outrora vinha realizando. Nesta carta, achou que ele conseguiria ser franco e direto. E franqueza é algo que não deve deixar escapar pelos dedos, especialmente quando esta diante de alguém tão mal como ele no requisito comportamento amoroso e sentimental. Mas, pelo menos, pode dar um sorrisinho de vez em quando, e com ajuda desta “terapia” levar a vida com mais leveza.
Hoje resolveu ler, aplicar alguns conselhos bons, comprou vários livros de autoajuda; desse jeito acha que vai obter excito.
Mas voltando aos conselhos. Lembrou que precisava mencionar que era preciso encontrar prazer na vida que levava.
No tocante o romantismo, a história sempre foi complicado. Sempre que nos encontramos, ela faz a mesma pergunta: “Você me ama?”. Realmente, não sou Freud, nunca entendi bem o tal da carência do amor. Mas já que vou ter que enfrentar esse assunto, acho que precisarei de um pouco mais de que jogo de cintura para resolver este problema.
Será que o segredo do sucesso só vai depender de mim. Ou também de outra pessoa? E aquela história de conversar com a garota sobre assuntos que a interessam? Um dia desce conheceu uma garota e já foi puxando assunto sobre rímel, blush, cílios postiços e batom. Não sei não Freud, mas tem certeza de que esse conselho funciona? A garota soltou um “ihhh” e saiu de perto. Sabe esses “ihs” que podem significar um milhão de coisas ?
Dias depois fui a caça novamente, na boate encantei com uma danada lembrei do velho ditado “Mulheres nunca se apaixonam por amigos”. Tentei aplicar este conselho. Ela era uma ruiva de um metro e setenta, dois imensos olhos caramelo, dois lábios carnudos que são pura covardia. Pois bem, ela me disse que precisava ir banheiro. Sacou né? Coisa de quem quer escapulir. Não hesitei. Já soltei um: “Nem vem com essas fofinha sei que está querendo!!!!!!. Se quiser algo de verdade, me dá um beijo de desentupir pia. Agora se quiser ficar nessas conversinhas frívolas e inúteis, vai procurar tua turma de tagarelas”. Bem que poderia ter lido esta frase antes de dizer aquelas bobagem? Porque acho que errei em muitos pontos, levando-se em consideração o peso do tapa que levei na cara.
Ah, meu amigo Sigmund. A vida não é nada fácil. Pela expressão fechada em seu rosto, o senhor deve me entender. Talvez o senhor devesse parar um pouco com esses assuntos melancólicos e se dedicar um tempo a escrever alguns textos humorísticos. Além disso, precisamos conversar mais. Mas não dentro daquele seu consultório mórbido. Podíamos sair para tomar uma cerveja. Ver luzes, ouvir pessoas, essas coisas. Acho que lhe faria bem, também.
Quando quiser, só me avisar. Mas tudo por sua conta . E não vem com história de que está sem tempo, porque aí quem vai dizer “ihhh” sou eu, ou cair na real .