PARADOXO: "VOU FAZER A BARBA"

É muito comum no universo masculino, é óbvio, esta expressão ser proferida com muita naturalidade, mas só que a mesma traz um paradoxo corriqueiro total. Pois como sabemos, a natureza humana, como é perfeita, se encarrega de emoldurar o rosto do homem com barba, bigode, conforme o seu organismo e porque não dizer, hereditariedade. Paulatinamente, o rosto imberbe de um adolescente vai ficando um aspecto diferente, mais másculo, conforme a proporção e o formato dos cabelos que nascem. Então, por motivos pessoais e de higiene e, principalmente estética, o indivíduo resolve se livrar dessa benesse da natureza. Então, é num momento assim que ele costuma falar a tal frase que todos entendem, mas se formos analisar bem, não tem sentido: “Dá licença um pouco que eu vou ao banheiro, pois preciso “fazer a barba”“. Ora, como ele pode fazer algo que já existe ali na sua cara, literalmente? O mínimo que poderá acontecer é ele se desfazer dela, isto é, da barba!... Certo ou errado? Independente da opinião de quem estiver lendo este comentário agora, se o homem tivesse a capacidade, o dom de confeccionar uma barba em si mesmo a natureza humana poderia não ficar com ciúme, mas no mínimo iria entender o que todo o mundo entende que é, o máximo que ele consegue fabricar, fazer e pôr na sua cara para ficar diferente é uma barba postiça. Neste ponto não pode haver nenhuma controvérsia. Cada um se emoldura da maneira que bem pretender, principalmente no carnaval.