O TEMPO INTEGRAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
A escola de tempo integral é o sonho de todo e qualquer país desenvolvido.
Sim, oferecer ensino de primeiro mundo.
Para isso ser concretizado pelo Estado e não pelo governo, isto porque, o sistema escolar é algo inerente ao Estado, assim como os poderes do Estado.
Uma escola de tempo integral ou não precisa ter equipamento visível e invisível, bem como professores e técnicos especialmente formados para tal mister.
As instalações de um prédio escolar que oferece escola de tempo integral é ou não deve ter tudo ou quase tudo para motivar professores, especialistas, alunos e famílias.
Provocar curiosidades aos alunos, suas famílias e a sociedade.
Esse tipo de escola de tempo integral não é apenas a obrigatoriedade de se manter um depósito de alunos durante oito horas diárias, fora do mundo real dos alunos e suas famílias.
Aí o "bicho" pega, violência com força, isto porque aí se dá encontro obrigatório por oito longas horas dentro de um ambiente hostil e aclimatizados de "falanges" e ou "braços" sociais de comunidades beligerantes e belicamente armadas física e mentalmente para o confronto dentro e ou fora da sala de aula.
A parte teórica e a parte prática para envolver os discentes em uma escola de tempo integral do tipo "CEA", não funciona, porque os alunos não são menores infratores.
Outrossim é bom esclarecer que o depósito de menores infratores de horário integral no caso da Casa do Menor ou Casa do Garoto, etc, nada ensinam e nem recuperam tais menores infratores, com raríssimas exceções...
Os professores de uma escola pública de tempo integral, precisam de salários estimulantes e não de professores de fim de carreira, em sua maioria, para contracenar com fakes de redes sociais e outros meios de estímulo ou apologia ao crime, por exemplo.
A Internet é a principal tecnologia mundial, ferramenta que deve ser usada em todos os ramos do saber humano.
E até porque todas tribos se encontram nas redes sociais dentro dos lares, no meio da rua e nas escolas integrais e ou não.
Infelizmente, a internet é também usada para formar bandidos e marginais em todas classes sociais.
Agora se quer saber: como separar o aluno do mundo virtual, se as redes sociais, em uma democracia são livres no direito de ir e vir , assim como as pessoas de carne e osso? Como tirar da escola regular de tempo integral ou não de menores usuários de drogas e de famílias desestruturadas?
O assunto é complexo, os governos não entendem de educação e instrução, entendem sim, de fazer política de governos e não de Estado.
Em síntese, quem quer se arriscar em "fazer" um aluno que não quer estudar à força? Que tipo mesmo de educação o governo quer oferecer aos filhos do povo? Essa terra que constitui o foco da reforma de ensino da Educação Básica é uma terra muito movediça.. A violência na escola de tempo integral ou não, nos parece ser o principal condimento didático e "metodológico " que faz a escola ser caso de polícia e ser lembrada pelos meios de comunicação.