Paneiro nas costas

A tarde chega o caboclo tira das Costa o paneiro

Guarda o facão e a enxada ...

Ganha um beijo de cada filho e da Cabocla por ele apaixonada

Espia da janela o horizonte amazônico que em sua fartura de água destrói a plantação, renova a paisagem da várzea em toda sua imensidão

A tarde chega o caboclo sai em sua canoa atrás do alimento,em cada remada um pensamento

Arma a malhadeira, prepara o arpão

Toma o chibé...que lhe dar forças pra ficar de pé

A noite vem com a luz apaixonante da lua

A saudade aperta o peito de saudades de sua caboca nua...

Que lhe espera na rede, pra ser sua.

O luar ilumina a estrada prateada do igarapé

Com a cambada de peixe e acaça no porão da canoa faz a sua devoção num momento de fé.

Os curumins entorno da mesa

Fartura tardia ... café com farinha de sobremesas

A bênção pai

A benção mãe

E os caboclos na rede começam se amar.

O sol desperta o caboclo que pega ligeiro

A enxada o facão e o seu paneiro e vai pro roçado trabalhar

Joilson Remanso
Enviado por Joilson Remanso em 09/04/2023
Código do texto: T7759640
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