SÓ MAIS UM POUQUINHO
Se quiser tirar as crianças da sala podem tirar, mas o fato é o seguinte: quando um rapaz e uma moça estão namorando, muita coisa pode acontecer entre ambos, desde briguinhas e carinhos, principalmente num momento íntimo. No início deste relacionamento, quando ainda estão naquela fase de conhecimento mútuo, muitas atitudes são levadas na brincadeira ou na esportiva, como se costuma dizer, cada um na sua, sem levar quase nada a sério, principalmente quando estão entre os colegas de colégio ou do bairro mesmo. Com o passar do tempo, quando o namoro vai se concretizando, então a fase começa a esquentar, passando para uma fase mais ousada, ou seja, da mão naquilo e aquilo na mão. É neste ponto que surge a tradicional mentira inofensiva, vindo, geralmente, do lado masculino, porém aceita e consentida, com pequena dúvida, ressalva e receio pela garota que só se torna conivente quando não aguenta mais controlar tanta excitação. Pois, diante de tanto amasso, beijos, carinhos, a sua libido fica à flor da pele. Estou falando daquela hora em que os corpos estão abraçados, juntinhos, onde não passa nem pensamento e, principalmente se estiverem num ambiente bem reservado, quase no ponto de uma relação sexual e o jovem, mediante a insegurança e quase desistência da parceira, ele insiste, murmurando esta pérola: -“Deixa, meu bem, é só UM POUQUINHO!”. Ora, se ela permitir, baseada só nesta promessa esdrúxula, envolta de uma mentira inofensiva, talvez esteja preste a atingir ao ápice do prazer e esqueça que a porteira por onde passa um boi, passa uma boiada. Moral da história: se ambos perderam o controle da situação e por falta de prevenção, agora não adiante “chorar o leite derramado”. Porém se tudo ocorrer conforme o (im) previsto haja leite num prazo de nove meses, aproximadamente. Pra bom entendedor um pingo é uma letra ou meia palavra basta.