CRÔNICA – Quando o diabo não vem, manda! – 06.04.2023 (PRL)

 

 

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Agência do Banco do Brasil S.A.

 

CRÔNICA – Quando o diabo não vem, manda! – 06.04.2023 (NPRL)

 

Bom dia, minha gente,

 

Quando pedi aposentadoria do Banco do Brasil S.A., e já faz algum tempo, mantive, por questão de amizade, a minha conta de depósitos numa Agência do Recife, até mesmo para quebrar o vínculo antigo que mantinha na que eu era gerente, aqui no litoral recifense, cuja finalidade era a de receber os créditos de meus proventos.

 

Com as economias forçadas que fizemos – eu e minha velha --, foi possível aplicar aqui e acolá numa poupança ou mesmo em fundos desses geridos pelo Banco, ficando praticamente sob a administração de um funcionário de confiança, o Américo, que eu indiquei para compor o quadro dessa Filial, e que vem me assessorando até os dias atuais. O dinheiro é pouco, até porque se alguém conhecer gerente de banco que seja portador de riqueza pode fazer uma investigação, que chegará à conclusão de que seja um desonesto.

 

Pois bem, ontem, depois do exame de sangue, fui ao Banco, marcado que estava para as 10.00 horas. Para entrar tem um protocolo dos seiscentos diachos, identidade, telefone, número da conta, etc. Cheguei ao 6º andar às 10.30 horas. Um bom atendimento, algumas decisões sobre a partilha da pequena quantia depositada na conta particular da Jane – R$ 3.000,00 (Três mil reais), que tentei sacar, mas não consegui, em virtude da interpretação do Banco, apesar de como inventariante constar da escritura pública de arrolamento/divisão dos bens a expressa autorização para que eu pudesse sacar tanto dessa conta como da conjunta, que mantinha com ela que, diga-se de passagem, nunca sacou, sequer um centavo.

 

Com a minha experiência de ex-gerente, falei para o Américo e para a chefe dele que como banqueiros tinham absoluta razão, mas como bancários da área de captação estavam bastante equivocados. Não discuti, saquei algum dinheiro da minha conta normal e, na saída, por volta das 11.00 horas, o Américo me levou até à praça de táxi, numa gentileza fora do comum, que agradeci por demais. Aliás, mandei um e-mail ao Banco dizendo do exemplar atendimento desse senhor, destinando cópia a ele, na mesma hora. Criticar é fácil, mas o importante é saber reconhecer quando o atendimento é bem-feito.

 

Pois bem, insistiu no WhatsApp para que eu aplicasse uma verba que estava rendendo muito pouco na conta de depósitos; como estou tentando comprar um terreno na praia para construir, não seria de bom alvitre fazer a aplicação, fato que lhe contei no particular. Entretanto, ele ficou insistindo demasiadamente, e eu não concordei, pois era inviável. Pedi que deixasse o dinheiro como estava, de vez que não era de minha intenção sacá-lo, pois gerava o pagamento de imposto de renda de uns 2.500,00 reais, não sendo interessante para mim.

 

Vejam como são as coisas: Então o Américo me lançou as seguintes frases:“Já pedi seu novo cartão”; “O dinheiro é seu meu amigo” e “Eu amarro o burro onde o dono manda”. Porra, essa última machucou e muito! Em trinta anos de BB, de Ajudante a Superintendente Estadual, a Casa nunca havia me qualificado dessa maneira. Fiquei triste, e assim penso em mudar de Filial o mais depressa possível. Nada mais falei ao inusitado rapaz. Hoje pela manhã, de cabeça fria, respondi-lhe: Que felicidade! E eu o adoto como meu pai. Não sei se entendeu. Pode até ter escrito sem intenção, mas aprendi que o “Cliente sempre tem razão”.

 

Por esse e outros motivos é que confirmo que “Quando o diabo não vem, manda”.

 

Fico por aqui. Meu abraço.

 

SilvaGusmão

ansilgus
Enviado por ansilgus em 09/04/2023
Reeditado em 09/04/2023
Código do texto: T7759435
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