Pensei num roteiro de filme. Algumas pessoas famosas, ou que foram famosas, acordam numa manhã num corpo de morador de rua, sujo, esfomeado, na pior condição possível: Bill Gates, rainha Elizabeth, Lula, Pelé, Papa Francisco, Dalai Lama, Roberto Carlos (cantor), Putin, Jô Soares e outros do mesmo quilate, grana, fama e poder. Acordam na nova carcaça e com o cérebro que tinham ao irem dormir, inclusive com a mesma voz original. Quais seriam suas primeiras atitudes? Quais reações teriam em seguida? Será que alguém acreditaria que o Putin, por exemplo, com toda sua soberba e estrutura que tem de apoio dia e noite (assessores, milhares de seguranças etc.) e a nababesca vida que usufrui há décadas é aquele cidadão com centenas de pulgas espalhadas por toda pele? Curioso que toda essa cena se passa no Brasil e aquelas figuras falam no seu idioma de origem (vão pensar que aquele morador de rua se expressando num russo perfeito deve ter pirado de vez...) Vão ficar assim o dia inteiro até chegar a noite. Cada um reagindo a seu modo, tentando convencer os colegas na mesma situação quem são de fato e obviamente ninguém dando bola, especialmente por não entenderem uma palavra do que estão dizendo. Daí acontece o inesperado. Um jornalista que fazia a cobertura do governo em Brasília durante o 2o. mandato do Lula, inclusive tendo-o entrevistado algumas vezes, sai de um evento e passa ao lado do morador de rua que era, de fato, o presidente brasileiro. Reconhece a sua voz e jeito de falar. Resolve parar e conversar com ele.
O desfecho fica por conta da sua imaginação