CRÕNICA DE UM SÁBADO
Há dias em que a gente amanhece pisando o chão com o pé errado. O leitor poderá argumentar que não. Que tem os dois pés, o esquerdo e o direito, e que sabe com que pé pisa o solo. Tudo bem, o leitor tem todo o direito de dizer que eu não sei de nada. Mas, hoje eu amanheci pisando o chão com o pé esquerdo.
Liguei a televisão, assisti minha missa e fui para a varanda. Acendi um cigarro e fumei. Me vi sem ter o que o fazer. Aí eu comecei a achar que estava tudo errado ao redor de mim. Mas, olhei em torno. Era eu quem estava pisando o chão com o pé errado. Então me pus a pensar, e acabei vindo a escrever este texto.
No nosso mundo se escreve crônicas sobre tudo. E eu pensei, esta pode não passar de mais uma crônica. Alguém aqui de casa me disse:
- Vá escrever, que voce está muito é chato hoje.
Me lembrei de um escrito do prêmio nobel Mário Vargas Llossa,em que ele dizia:
"Minha mulher me disse: Mário, vá escrever que é o que você sabe fazer."
Longe de mim me comparar ao talentoso escritor. Bem quisera eu ter o mesmo nome literário que ele tem. Aqui peço desculpas ao leitor por chateá-lo com um desejo meu. Intitulei este texto de CRÕNICA DE UM SÁBADO. Mas espero escrever esta crônica antes do sábado terminar.
Estou no momento pensando em encaminhar este texto para o fim. Todos já notaram o meu azedume. E realmente ninguém tem nada com isso. Então eu peço desculpas e agradeço se me desculparem. Como terminar este texto? Só vejo uma saída, procurar a alegria. Como o sábado aqui para mim não está para peixe me despeço. Hei de voltar um dia em que estiver mais contente.