Uma brisa que passou

 

A IV Bienal do Livro de Paulo Afonso foi uma brisa que passou de forma suave, espalhando rastros de sabedoria profetizada pelos sábios aos decanos, que a crianças e jovens inspiraram poesias.

Poesia de conhecimento, poesia que da vida faz parte, POESIA, uma das mais belas formas de amor e cultivo as artes.

Desde a sua abertura, numa dessas noites repletas de formosura, noite de gala que nos concedeu aceso ao belo da musicalidade de sonhos de um violão celo. É bem verdade que não posso dizer que um dia tenha visto, pois tão belos acordes não me haviam sidos pela vida permitido. Foi na noite de 29 de março, que esse desconhecimento se desfez, e ouvi as fabulosas notas pela primeira vez.

Foi uma noite digna de Oscar, sim, OSCAR SILVA, esse tenor da canção Pauloafonsina. Oscar que por se só já é majestoso, acompanhado pelo Cavalheiro da Estrelas e pelo violinista Aldair Tomé agradara até a quem não tenha fé. Aldair, homem de beleza juvenil, que veio de um desses cantos do Brasil, trouxe os acordes mais belo extraído do fabuloso violão celo.

Oficializada a abertura foi aberto o Salão dos Escritores, ali se encontravam várias obras dos mais renomados e variados escritores. A novidade nesses dois anos da Bienal foi a Geloteca da Associação do Irmãos de Francisco.

Na manhã do dia trinta foi a vez do profissionalismo do Acadêmico e Imortal da ALPA, Edson Barreto, um professor e poeta perfeito. Sempre pontual, foi no exato horário que apresentou o Sarau Literário.

Naquela manhã de perene magia apresentada pelos alunos e escritores mirins da Estante mágica, muitíssima bem coordenada pela Coordenadora Pedagógica da Escola Municipal Rivadalva de Carvalho, Maria Aparecida, com a belíssima apresentação do professor Riccely, e Apoio Cultura da SEDUC. Neste mesmo Sarau ainda tivemos A Cartilha do Povo, poema de autoria e apresentação de Janaine Santos da Oficina Manhã Literária de Santa Brígida.

Enquanto a tarde do mesmo dia trinta foi iluminada pelo farol de estrela da ALPA: Socorro Mendonça, que irradiou sabedoria e amabilidade, e juntamente com a sua parceira, a sereia do cântico mágico, Jovelina Ramalho apresentaram o ALPA CONVIDA. Foi mais um desses magníficos momentos de fomento literário, ali se apresentaram vários alunos da rede pública de ensino, dentre eles: Guilherme Nathan e Isabela Hora, ambos da Oficina Manhã Literária de Santa Brígida- BA.

Eis que saem de cena, as duas pérolas morenas, e dão lugar no espaço do harmonioso palco, para que se apresentem e recebam os merecidos aplausos recheados de caloria humana, a Tarde Alagoana.

Estou de pleno acordo com o Poeta Imortal da ALPA (Academia de Letras de Paulo Afonso), Isaque de Oliveira quando disse que os Joãos e Jotas são poucos, eu diria que são únicos. Um de um modo, outro de seu jeito, mas, ambos trazem a cultura nordestina no âmago do peito. Um conduziu de forma magistral, sem muita peleja, a palestra O Cangaço e a Cultura Sertaneja (IGH/PA).

Já a tarde do magnífico dia trinta e um de março, encerramento da IV Bienal, eis que iniciamos de forma plena no palco do Memorial. Ali se apresentava, vindo diretamente das raízes do juá, pois outro igual não há, nos ensinando que vale apena estudar, estou falando do Menestrel Edson Mendes, que ensinou a nossa gente, a importância de estudar. Apresentou a Palestra Aprendendo a viver: Educação, Instrução e Aprendizagem, para o nosso deleite e aprendizado.

Em seguida veio o 1º Encontro das Academias, um momento de socialização e harmonia. Ali estiveram presentes imortais de teor descomunal, dentre eles o Maestro Bacalhau (Academia Delmirense de Letras & Artes). Adailton Andrade citou o potencial histórico de São Cristovão e sua diversidade (Confraria Sancristovense de História e Memória). José Ginaldo socializou de forma ampla sobre o berço da cultura sergipana, título atribuído a cidade Estancia – SE por sua grade produção cultural (Academia Estanciana de Letras). Enquanto o grande fomentador das letras sergipanas e nordestinas, Domingos Pascoal, falou da imensa alegria em participar do referido encontro, e teceu vários elogios ao Menestrel Edson Mendes pela palestra apresentada, socializando conosco a diversidade literária do riquíssimo Estado de Sergipe e de sua gente.

Já Jaqueline Rodrigues, presidente da APLA (Academia Piranhense de Letras & Artes), dentre poesias e declarações, socializou sobre o empoderamento da Mulher no campo das letras e artes. Giuseppe Ribeiro, excelente orador, as informações culturais, do querido Estado de Alagoas socializou.   O momento foi encerrado com o poeta que não desafina, Marcos Antônio Lima, que ao seu confrade Pedro Son convidou, e Pedro falou da importância das acadêmica e sua socialização, depois leu uma de suas poesias enquanto Jaqueline Santos também falou do empoderamento da mulher e declamou poesia de forma elegante e sabedoria. Pedro Som e Jaqueline Santos ambos da ASLA (Academia Santabrigidense de Letras & Artes).

Por fim, como não poderia faltar foi a vez da poesia popular, o jovem poeta Rich Dhastin (Oficina Manhã Literária da ASLA) leu um cordel intitulado tempo. Natanael Santos, o fabuloso, nos apresentou a fábula: A zebra e o cervo. E assim, no clima da Oficina Manhã Literária, coordenada pelo poeta e Imortal da ALAS-ALPA e ASLA- Marcos Antônio Lima.

Não esquecendo de falar do outro, esse Jota Lunas, poeta genial, que apresentou a Mala do Poeta, lá pelas bandas do coreto, e por lá encerrou a IV Bienal. Antônio Galdino, foi o maestro universal a reger toda a bienal, de forma harmoniosa e sinfônica, desde a sua abertura até a cortina final. Nos despedimos dessa brisa denominada de Bienal, do amigo livro, esse ser fenomenal. Saímos de cena de alma lavada, com o dever cumprido, perpetuado e imortal.

No centro, Professor Galdino, o guerreiro das letras.

 

Marcos Antônio Lima

Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 08/04/2023
Reeditado em 08/04/2023
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