GRATIFICAÇÃO
Surgiu-me a idéia para escrever este texto,quando me lembrei que há alguns anos atrás,o Diário da Manhã publicou um artigo meu sobre gratificação natalina, na edição de Natal.
Esta é a época que os trabalhadores aguardam o recebimento destes valores para se “equilibrarem” nos seus orçamentos, para saldarem dívidas em atraso, proporcionarem presentes para seus familiares, amigos, para criarem ou reforçarem uma poupança.
Face à época que estamos, ocorreu-me discorrer sobre como poderíamos proporcionar às pessoas uma gratificação diferente, sem que fosse necessária qualquer quantia em dinheiro, mas que fosse capaz de proporcionar momentos bons, recordações agradáveis, equilíbrio (emocional e não financeiro) saldar dívidas, acumular saldo positivo.
Nada melhor do que gratificar com um sorriso, um abraço, uma palavra de carinho, de apoio, de incentivo.
“SER” presente e não dar presente. Para isto não é preciso “TER”,a não ser compreensão,tolerância,bom humor,disponibilidade,abertura.
Para não ter dívidas, para não haver cobranças, que sejam zeradas as mágoas, os dissabores, os mal-entendidos, as tristezas, através do diálogo franco, aberto, que busque entendimento, confiança (geradora de liberdade) visando melhorar o momento presente e não se sobrecarregar com uma bagagem pesada para o futuro.
Que sejam guardados só pensamentos positivos, recordações felizes, aprendizado realizado ao longo do tempo, conquistas obtidas com esforço pessoal, exemplos bons que fomos capazes de dar, ou aqueles nos quais nos espelhamos na vida. Que se some gestos fraternos,solidários, com uma boa quantidade de compaixão,ternura,e se distribua para quem deles estiver em falta.Certamente será uma boa poupança que estaremos fazendo,pois estaremos investindo num futuro,que certamente será menos solitário,menos amargo.
Temos a opção de fazer isto tudo em pequenas parcelas ao longo do ano, ou acumular no final do ano, em uma única vez ou mais. Pois que aproveitemos este momento, que geralmente é de reflexão, para vermos se já proporcionamos isto ao longo do período, ou se teremos de fazê-lo em uma única porção maior, para compensar a omissão anterior. Certamente assim fazendo não só estaremos proporcionando coisas boas, momentos gratificantes, como nós nos sentiremos melhores o que fará com que sejamos também gratificados.
Não nos esqueçamos que todos podemos ser mágicos, basta dizer a palavra certa, ou fazer o gesto correto, na hora adequada.
O resto é conseqüência.