O MONZA* E OUTRAS HISTÓRIAS. 12h49min. (Reminiscências).

Foi nos primeiros anos 70, quando o conhecemos, viera de uma cidade do Estado do Rio Grande Sul, e se “aventurando”, a abrir uma farmácia, no próspero bairro do Pinheirinho, cuja as imediações “fervilhavam” vários seguimentos de comércio, as salas pra isto eram muito valorizadas, coincidentemente alugou uma ampla sala uma ficava de frente a avenida de tráfego lento, e a outro porta fazia frente ao começo da via rápida, no sentido bairro centro e com amplo estacionamento. Trabalhava, ele e a esposa e as vezes o seu único filho também ajudava.

Gostava muito de conversar e contar suas “histórias”, o seu pai fez empenho para que viesse para nossa cidade para se tornar farmacêutico, após conclusão de curso, voltou a sua cidade de origem, o pai o incentivou e o ajudou a abrir o seu primeiro estabecimento,

no ramo farmacêutico. E tempos depois veio para nossa cidade, ele a esposa e aquele que seria seu filho único...

Preferia que fôssemos atendê-lo sábado pela manhã, o não era difícil, pois bastava sair de nossa casa, pegar a BR 116, - que passava do lado de se estabelecimento comercial, estacionávamos e logo vinha nos atender. Conversa vai, conversa vem, - era o tempo do governo militar, que sempre dava margem para isto – ia pedindo os itens de nossa lista de preço, quando apresentávamos a duplica de sua compra anterior, quase sempre nos pagava em dinheiro.

Depois de muita conversa nos despedíamos. Em 1982, estava “eufórico”, pois havia comprado o lançamento esperado do Monza, Hateh, “de três portas. Tal configuração era inédita, despertando a atenção do mercado automobilístico de outros locais do mundo, que foi líder de venda durante alguns anos”. E, certamente, naquela ocasião, o seu Monza, durante algumas vezes foi o destaque da conversa.

Com o decorrer dos anos, ele e esposa, se cansaram das lidas do comércio, pois o filho único já não estava mais com eles, havia se mudando para o recém fundado Estado do Tocantins, cuja a Capital era Palmas, e havia muito incentivo para quem tivesse o espirito de pioneirismo, que foi o caso de seu filho e da esposa, ambos eram formados, acabaram prestando serviço num órgão do governo. Foi ofertado a ambos, um terreno na rua principal da capital, até recebemos um convite para que para lá fôssemos...

E.R. vendeu o estabelecimento comercial, a casa em que o casal residia era na rua Londrina, no mesmo bairro mencionado acima, fazia empenho que esporadicamente fôssemos vista-lo, era o que fizemos por várias vezes, para não perder a hábito, nos solicitava algum produto para um eventual atendimento, vizinhos que o conheciam vinha até a sua residência, a procura de algum medicamento, um resfriado, uma dor de garganta etc... Quase sempre um dos nossos genros ia conosco, e, lá estava o seu Monza na garagem imponente: comprado a muitos anos, na condição do primeiro carro mundial da Chevrolet... 18h35min.

Curitiba, 02 de abril de 2023 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 05/04/2023
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