LEITURA

LEITURA

Nas mãos um livro, suprema benção, tantas vidas, tantas histórias, e eu, mero mortal, participando dos enredos, ora como espectador, ora como personagem, ora como gente, ora como bicho e, ao final, como sobrevivente entre tantos caminhos e momentos. A cada vez que leio “fim”, não há morte, há ricas lembranças de risos e choros, alegrias e tristezas, sonhos e pesadelos, delírios e, sempre recomeços.

São tantas vidas que se interagem e metamorfoseiam, que não há espaço para a morte, e quando eventualmente as há, logo há uma ressurreição. Em cada volume nas mãos, um novo ser, cada página um novo estar, num prazer infinito, lendo a eternidade em folhas encadernadas.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 03/04/2023
Reeditado em 03/04/2023
Código do texto: T7755202
Classificação de conteúdo: seguro