O AMOR DOS AMORES
Não há amor mais saliente, nítido e visceral do que o do cachorro de mendigo. Ele não troca as noites ao relento e a falta de água e comida por nenhum palácio. Ele não trai e nem se rebela mesmo com toda ausência de cuidados, de carinhos, de atenção, de tudo. Não reclama do frio e nem faz cara feita por qualquer besteira. Ficará lá, firme e forte, até o último suspiro, como fiel escudeiro daquela alma errante. Quisera um dia ter um fiapo desse amor incondicional que coloca todos os outros no chinelo.