Uma noite, longínqua, no alto-falante de Torrinha.
Uma noite, longínqua, no alto-falante de Torrinha.
Tempos lá se vão....em uma longínqua noite de um ano em que eu tinha 8 anos....
no alto-falante da cidade de Torrinha, localizado em uma sala do Clube , na Rua Senador Lacerda Franco, esquina com a rua Nove de Julho.
Nessa noite, li no alto-falante, uma narrativa que meu avô, Romeu Cerioni, havia escrito sobre o dia de Corpus Christi, narrativa que só me recordo do início e do final e olhem que já é um ato heróico, pois lá se vão 67 aninhos, dessa noite mágica em que falei no alto-falante da cidade, noite que não esqueci.
Minha boca estava seca e as minhas pernas tremiam,noite fria,....a sala estava quente, mas as pernas tremiam, assim mesmo.
O início era" Padre, bem-vindo diz".....o final" Ad perpetuam rei memoriam"...
Pena que não guardei aquele papel que meu avô havia escrito.
Noite em que um menino de 8 anos entrou na sala do alto-falante da cidade e leu uma narrativa do seu avô.
E o menino, não esqueceu disso, até os dias de hoje.