Divórcio amigável
Na juventude, entre uma aventura e outra, conhecemos a pessoa que nos faz acreditar no matrimonio. Aí, nossa vida toma outro rumo. Passamos a pensar em família, e em uma vida mais estável. Alugamos, ou compramos uma casa, ou um apartamento. Mobiliamos! Fazemos das tripas ao coração para sermos felizes a dois. Privamo-nos de alguns prazeres, em prol do casamento. Começamos uma nova vida social. Vamos jantar na casa de amigos, convidamos outros para ir a um cinema, shows, ou teatros – ficamos mais atentos no que está acontecendo em nossa cidade: feiras livres, mercados etc.
Nasce o herdeiro, e então, aumenta a pressão para a felicidade da família. Somos cumprimentados com votos de eterna felicidade.
O tempo passa, o herdeiro cresce, o patrimônio também, mas a relação esfria. Quando há muitas brigas a separação vem a galope. Os advogados adoram separação litigiosa! Mas outros casais têm muita sorte, tornam-se muito amigos – quase irmãos. Mesmo assim não importa, o divórcio é inevitável, nos dois exemplos. Tive a sorte grande, o motivo foi o segundo caso, tornamo-nos muito amigos – divórcio amigável.
Separamo-nos no papel, mas continuamos a morar juntos – e isto foi incrível! Só que a vida continua, e aí a pergunta. O que fazemos a partir de agora? Certamente cada um deve procurar outro rumo...
Quem sabe um novo par? Quem sabe morar sozinho? Cada um no seu canto. Qualquer que seja a decisão, exigirá um tremendo esforço emocional, porque o papel, tudo entende, mas o coração não.
E a vida segue!