O QUE É JUSTIÇA? O BEM ABSOLUTO. O QUE VIVEMOS.

Precisamos viver o silêncio, ele nos afasta das repetições e nos aproxima mais de nós mesmos. Vivemos em mundo injusto, é uma verdade intransponível e sem solução. Notória historiografia. Sabedoria é a observação do todo com amplitude, sabendo não podermos nele interferir com intensidade.

Nos conhecemos muito pouco. Como conhecer os outros? Nos preocupamos com o que interessa bem menos, pois não está ao nosso alcance resolver; permanências das violações sociais. Ocorre desídia com nosso universo pessoal esse propósito, e nada se estrutura de útil para o coletivo e muito menos para nós.

O momento que vivemos, se nos ocupamos com o que está fora de nós, sem cuidar especialmente de nós, o que podemos entregar ao próximo? Nada!

Reflita-se, “amar ao próximo como a si mesmo”. Se não nos amamos, como amar ao próximo para atingir relativa realização, felicidade.

Chegamos à ideia do BEM ABSOLUTO, platônica e messiânica, Jesus, que coincide com a realização de justiça.

Essa justiça está além de nossa racionalidade, e da concretização humana. Por quê? Transcende à possibilidade humana. Somente em visão mítica se atinge esse ideal; a justiça é Justiça de Deus. Justiça é mistério de Deus, irmã da felicidade. Se confiada a alguns sua feitura, estes não têm como explicá-la, muito menos reportar a confiança concedida. O homem é perturbado por sua sensorialidade. A ideia fundamental ligada a todas as outras é do bem absoluto, da feitura de justiça, enfim de viver a felicidade.

O eixo é o amor pregado por Jesus, como não retribuir o mal com o mal, mas com o bem, e até se despojar de tudo por amor, como para poder seguir com Ele os apóstolos, deixando para trás pai, mãe, filhos e sua mulher. Como? Esse espaço é impossível para o homem comum, uma contradição, mas não para a RAZÃO ABSOLUTA DE DEUS.

Não vivemos uma razão absoluta de compreensão, nem nunca viveremos. Por isso a criatura é semelhante ao Criador, MAS NÃO IGUAL. Vigiarmos e zelarmos para ampliar nosso alcance necessitamos, em meio a tanta inversão dos valores mínimos.

É imprescindível por isso cuidarmos de nossas limitações, nos voltarmos para nosso interior, a pátria do silêncio, que restaura, cria, cura e pacifica a desordem instalada na pretensão da ordem, profusa, abrangente, lançando setas para todos os lados com grande alcance para o despropósito e a primariedade visíveis, mas consideradas. E sob o manto da imperatividade do império da lei através de regras; DIREITOS. Direito é ficção!!!!

Vivemos com certa gravidade para nosso universo particular, sempre, e no momento. Há uma nódoa envolvente pela comunicação agigantada que massifica e agride. Estamos atentos e temos vivido piores e significativos fatos históricos contemporâneos, aqui e no mundo, convulsivos, sem freios, repetentes, permeados de desrazão, desconhecimento e forte insanidade, acolhidos por insciência na representação.

São hediondos em objetivos e princípios, com condutas egressas de governos em desgoverno, todos, em préstito infamante de temas sociais onde os desvios são regras; chamam a isso de política.

Conheço o sentido da contaminação de tantos, se deixando contaminar pela procissão da primariedade nada edificante na promoção daqueles que operam o mal, pela publicidade.

Precisamos de mais silêncio, ficar distante da necrose do tecido social, que como tsunami se espalha por todos os escaninhos.

O ideal de Justiça que Jesus não respondeu a Pilatos, silenciando perguntado o que era verdade, dizendo que veio fazer justiça, não a definindo, é inatingível. Jardim do Éden é dos Deuses, não dos homens, desde a romanceada escolha de Adão e Eva.

A Justiça de Deus não tem condão de ser exercida pelos homens.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/03/2023
Reeditado em 21/03/2023
Código do texto: T7744544
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