OUTONO 2023
Hoje, dia 20 de março, quando a hora oficial do Brasil marcar 18:25 ocorrerá o equinócio, fenômeno caracterizado pela incidência dos raios solares perpendiculares à linha do equador, determinando que os dois hemisférios terão luminosidades iguais, pelo menos nas próximas 24 horas.
Depois disso, neste nosso hemisfério os dias se tornarão cada vez mais curtos em relação às noites, porque daqui a três meses, entre 20 e 21 de junho, teremos o início do inverno.
Fato análogo, mas em sentido contrário, ocorrerá no hemisfério Norte pois, os dias ficarão mais longos do que as noites até a chegada do verão.
O outono se notabiliza por ser o tempo das colheitas, das frutas maduras da queda na umidade relativa do ar e da ocorrência de rajadas de vento que fazem a sinfonia das folhas arrastadas pelo chão seco depois de destacadas das plantas ao se prepararem para os rigores do inverno.
Feliz ou infelizmente a maior parte do Brasil se localiza entre o equador e o trópico de Capricórnio e, por conta dessa posição, as vantagens e desvantagens que caracterizam as estações do ano não são plenamente percebidas.
Nos nossos diversos ecossistemas há locais em que, pela estabilidade meteorológica, essas alterações são tão sutis que dão a impressão de não existirem.
Surgem fatos isolados, como aves migratórias, floração de determinada espécie vegetal, alteração na direção dos ventos secando a umidade característica do verão ou trazendo chuvas e dias brumosos que serão evidentes nas regiões de maiores altitudes e que farão “renascer” cursos d’água.
Por conta dessa alteração na umidade, ontem em Pernambuco, na festa em homenagem a São José, foi o dia de plantar o milho que será colhido no período junino.
Espero que, como na canção, dê “vinte espiga em cada pé" (*)
Para os habitantes das regiões Sudeste, Sul e parte do Centro Oeste chegou o tempo de retirar dos gavetões, armários, baús, matulões e bruacas as mantas, ponchos, gorros, cachecóis, casacões de peles ou lã e as demais peças do vestuário engavetados desde o fim da primavera para serem arejados porque estão exalando cânfora, naftalina ou com o nauseante “bodum de canto velho”...
CITAÇÃO
(*) São João do Carneirinho, letra e música de Luiz Gonzaga, O Rei do Baião