A Farsa Red Pill: o produto enganoso para lucrar
A Farsa Red Pill: o produto enganoso para lucrar
O Red Pill, esse movimento machista ou misógino, antes de ser adotado pela extrema direita, foi criado pelas belas irmãs trans, Lana e Lilly Wachowski, diretoras do filme Matrix.
Essa moda da promessa de se ver especial, de fora do “sistema”, fora da “matrix”, vem como um atrativo para o radicalismo político, ao estilo de Inquisição religiosa, misturada com doutrinas deterministas biológicas de uma ciência antiga, já ultrapassada, e visões de autoajuda sobre relacionamento entre homem-mulher, sendo o homem segundo eles, os red pills, o provedor.
No Brasil ficou famoso um dito homem que se disse não aceitar cerveja de mulher, alegando que esta estaria impondo a vontade da mulher, ou de uma feminista, contra a sua natureza de mulher.
Como se beber ou oferecer bebida fosse impor uma vontade, estilo algo mágico, uma thelema, para algum cidadão, que por isso inventa uma série de teorias a fim de justificar seu fracasso sexual ou de conquista.
Nada tem a ver com o que as idealizadoras de Matrix ofereceriam. Contrariamente, nada de Qanon, extremismo machista, trumpismo, bolsonarismo, neofascismo, neonazismo, jihadismo, conservadorismo e tantos ismos a que a classe média engole, vindo de classe mais elevada, oferecendo promessas de um mundo mais cristão, familiar, natural, ou qualquer mentira que agrade ao preconceito e atraso mental desse povo red pill.
Em muitas coisas no mundo se oferecerá uma vida fácil, vender algum charlatanismo. Hoje se vende curso de red pill, ou de uma masculinidade impositiva contra as mulheres, que as coloquem no seu “lugar natural”.
Junto com essas ideias absurdas red pill, vem um preconceito contra mulheres acima de 30 anos, que para mim ficam mais sexys, ou contra mães solteiras, que também, são mulheres maravilhosas, mas que pelos red pills, são menos valorizadas, ou fora do game. Esse jogo deles parece mais um game over, para eles mesmos, pois nehuma mulher procurará um idiota red pill, a não ser que se veja no mesmo atraso mental dele.
A mulher sofre violência e muita, e aqui mesmo na Europa, alguns jogadores de futebol foram e vêm sendo condenados por abuso sexual contra mulheres, e assim as mulheres precisam lutar e se prevenir contra o abuso masculino. Isso é uma realidade, e qualquer noticiário mostrará em Portugal, Espanha, Itália, ou mesmo no Brasil, EUA, esses abusos contra mulheres, que são diários e numerosos.
Os red pills prometem uma liberdade do sistema em que as mulheres são feministas e abusadoras, humilhadoras nos dates com os homens, mas isso não ocorre. Querem mostrar também uma seleção natural, dos homens mais fortes, ricos, como se as mulheres fossem objetos comprados, coisas sexuais, sexy dolls, bonecas sexuais, para as suas fantasias masculinas mais desequilibradas. Esses homens precisam de terapia, e conhecer melhor as mulheres, seus dramas, sua emoção, seu coração. Antes esses homens aprendesse poesias, e recitasse as mulheres que os rejeitam, ou por quem desejam algo, do que inventarem essas regras absurdas de homem provedor, de conquistas fraudadas com jogos ou games, pois o amor ou sexo não é um game, é algo da alma.
Tanto faz a pílula, pois ambas foram criadas por pessoas de grande diferença mental, e por pessoas que vêm da diversidade. Não se compreendendo a diversidade, se ficará preso na Matrix, ou nesse jogo falso de se ver um homem superior, dominador das mulheres, um Don Juan cibernético, sem o mesmo charme de um Don Juan, ou de um Casanova.
Esses homens não pesquisam por si mesmos, e caem nesse produto enganoso chamado Red Pill. Devem conhecer melhor a sua própria natureza, o seu divino masculino, para ver também o divino feminino da mulher. Essas ideias de uma biologia ultrapassada, da mulher presa numa caixa, ou de um homem estereotipado, já foram ultrapassadas pela atual antropologia, neurociência, sociologia, etc etc.
Os homens que conquistam as mulheres são sensíveis, têm coração, são um tanto vulneráveis, muitas vezes fortes, vencedores ou perdedores, bonitos ou feios, a conquista nunca foi superficial. Não existe fórmula, e cada mulher é um universo maravilhoso, as mulheres são maravilhosas, sejam elas jovens, maduras, belas, curiosas, charmosas, com filhos, sem filhos, feministas, não feministas, tanto faz, são mulheres que querem o que desejam, sejam homens ou mulheres, essas mulheres são especiais e incríveis.
Ficassem os red pill a elogiar as mulheres, certamente não teriam de estudar tanto para conquistarem as mulheres da nova era, essas mulheres que são revolucionárias, que são muito diferentes das avós, mas que também conservam o charme de sempre. Não é o extremismo político que vai mudar isso, e a história tem a ensinar, com mulheres fortes, que esse extremismo político, conservadorismo, moralismo e tantos ismos, não apagam o espírito da mulher guerreira, da mulher que cria os filhos, que tem a dor do parto, que sofre sangramentos, que ama e odeia, que é um colorido de coisas.
Não entendendo o filme Matrix, alguns homens inventaram, dentro dessa moda de extrema direita, essas ideias red pill. Por sorte muitos homens não abraçam essas teorias, e se vêem livres de ideias de terra plana, natureza biológica da mulher, raça, superioridade de uma classe, gerofobia, ginofobia, e uma série de inseguranças e frustrações psicológicas desses homens atuais, que abraçam essas teorias, assim como outros já abraçaram tantos absurdos na história, como teorias deterministas.
Não existe macho alfa, nem beta, e nem muita coisas não existe mais. Esses termos vêm de um vocabulário que não quer se atualizar. Não há natureza hipergâmica, e cada pessoa se relaciona como deseja. Muitas mulheres ficam com um homem a vida toda, outras com muitos, cada uma fez suas escolhas. Não há generalização, isso é uma falácia. Esse homens red pill carecem de inteligência, e seria a inteligência que os levaria para uma mulher a ser amada, e não em jogos de conquista de autoajuda barata, a que os criadores dessas teorias ganham dinheiro, de quem se deixa enganar.