A LUA CHEIA
Que lua grandona, cheia e bela o céu me exibe. É como se o sol não tivesse ido dormir e preferiu brilhar também à noite, de forma a iluminar a terra e estender sua extraordinária luz por todo o espaço.
As poucas nuvens esparsas, submissas, correram para longe com receio de obstruir a grandiosidade do satélite esplendoroso. Ou foi o sopro de anjos extasiados, com vistas a exaltar o formidável luar e nos fazer sonhar e usufruir da inspiração que ela nos proporciona.
Eu, cá ao longe, admirado e encantado com o fulgor dessa lua transbordando luz, quedo em silêncio enquanto escrevo algumas mal traçadas linhas na tentativa de definir os sentimentos contraditórios que invadem minha alma e acelera as batidas do coração. Mas, de tão enlevado, não consigo. O belo luar é maior do que as parcas possibilidades do meu limitado conhecimento literário.
Assim, recolhido à insignificância, retraído, preferi deixar-me levar pelo seu encanto e soltar a imaginação à medida em que meus olhos se deleitam e rabiscam conceitos e devaneios que eu jamais ousaria redigir. Não por não querer, mas por não saber.