FALANDO UM POUCO SOBRE O CONHECIDO “JEITINHO BRASILEIRO”

 

"Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo de um bom cigarro?

     Gosto de levar vantagem em tudo, certo?

           Leve vantagem você também, leve Vila Rica!"

                                                                         (Lei Gérson)

 

   Um certo dia estava entrando num supermercado de minha cidade (em sua área externa), quando me deparei com uma imagem interessante: tratava-se de um carro estacionado n’uma vaga “de exclusividade”, e ao qu’eu diria, a melhor das vagas, em que o devido veículo estava debaixo da sombra de uma árvore e sem nenhum outro carro ao lado. Porém havia uma “pequeno detalhe”: ele estava estacionado n’uma vaga reservada para motos. 

 

 

   E n’àquela hora eu pensei comigo no que havia três justificativas:

  • Ou ele estava desatendo, ao que não reparou no que estava escrito na placa “ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO PARA MOTOS”
  •  Ou tratava-se de um motorista analfabeto, o que seria uma hipótese improvável
  • E, por último, o indivíduo condutor de tal veículo estava exercendo o conhecido “JEITINHO BRASILEIRO”.

   Ah! O famoso “jeitinho brasileiro”, tão praticado na “antiga Terra de Santa Cruz”! Chega a ser uma “mania” de muitos brasileiros. E exemplos não faltam:

  • Pedir algo a um amigo, como por exemplo, um livro, e jamais devolver
  • Realizar festas com som alto, incomodando o vizinho ao lado
  • Furar filas
  • Fazer filas duplas no trânsito
  • Comprar fiado e nunca pagar
  • Ficar com o troca a mais que lhe foi dado
  • Pedir a um amigo para ser [dele] avalista e deixá-lo na mão
  • Passar o sinal vermelho
  • Usar a camisa do Vasco para se passar por cinto de segurança

  

 

   E por aí vai...

   N’uma lista que parece não acabar, neste jogo de astúcia e malandragem, onde muitos dão uma de “joão-sem-braço”, “fingem de bobos”, passando a perna em todo mundo, e procurando ser espertos e praticando pequenos golpes em cima dos outros.

   Caríssimo leitor, no instante em que vi a cena daquele carro estacionado numa vaga para ele imprópria me veio à memória um programa que recentemente assisti num dos canais de minha TV a cabo, em que na matéria foi exibido que em certo país europeu, se não me engano a Finlândia, as pessoas não atravessam a faixa de pedestres enquanto estiver [para eles] o sinal vermelho, mesmo que não venha carro algum.

   Ah, meu amigo! Se os Beatles fossem tirar no Brasil aquela conhecida foto do disco “Abbey Road”, em que eles estavam atravessando a rua, com certeza teriam sido atropelados. E por quê? Simplesmente porque são pouquíssimos os motoristas que param antes da faixa de pedestres a fim de que estes possam passar. Nota: a respeito da foto principal do disco foram realizadas 6 “cliques” para fosse escolhido somente uma. E foi preciso contar com a boa vontade de um guarda de trânsito para segurar o tráfego durante 10 minutos. Pois bem, que brasileiro na Avenida Brasil (no Rio) ou na Paulista teria paciência p’ra ficar esperando alguém ficar batendo foto enquanto o seu carro está parado?

 

 

   É um fato triste, e motivo também para muitos em seus países serem de certa forma xenófobos, já que eles não querem que ele seja “infectado” pelos maus modos que aqui exercemos. E, assim, não é raro vermos pichados em casas de moradores de estrangeiros (sobretudo nos EUA) frases preconceituosas e com teor agressivo, tais como “GO BACK TO YOUR COUNTRY”, infelizmente.

 

   Bom, as regras urbanas são simples, ao que não justifica nenhum tipo de rebeldia ou transgressão. Não, não há razão para infringi-las. Um pouco de boa vontade faz a diferença e todos ganham a executar a sua devida parte. Não abuse de sua malandragem.

 

 

   Sigamos, portanto, o exemplo dos Beatles: atravessemos a rua na faixa de pedestres. Sejamos éticos. E, caso querias mudar de país, lembre-se: o “jeitinho brasileiro" pode até “funcionar” aqui, mas talvez não tanto... lá fora. E mesmo por aqui uma hora a casa cai. Pense bem sobre isto.

 

06/03/2023

 

IMAGENS: UMA FOTO PARTICULAR (do carro no estacionamento das motos) E IMAGENS DA INTERNET

 

VÍDEO: “O JEITINHO BRASILEIRO” – Nerdologia

https://www.youtube.com/watch?v=CM9xBCj7h5Q

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

FALANDO UM POUCO SOBRE O CONHECIDO “JEITINHO BRASILEIRO”

 

"Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo de um bom cigarro?

     Gosto de levar vantagem em tudo, certo?

           Leve vantagem você também, leve Vila Rica!"

                                                                         (Lei Gérson)

 

   Um certo dia estava entrando num supermercado de minha cidade (em sua área externa), quando me deparei com uma imagem interessante: tratava-se de um carro estacionado n’uma vaga “de exclusividade”, e ao qu’eu diria, a melhor das vagas, em que o devido veículo estava debaixo da sombra de uma árvore e sem nenhum outro carro ao lado. Porém havia uma “pequeno detalhe”: ele estava estacionado n’uma vaga reservada para motos. 

   E n’àquela hora eu pensei comigo no que havia três justificativas:

  • Ou ele estava desatendo, ao que não reparou no que estava escrito na placa “ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO PARA MOTOS”
  •  Ou tratava-se de um motorista analfabeto, o que seria uma hipótese improvável
  • E, por último, o indivíduo condutor de tal veículo estava exercendo o conhecido “JEITINHO BRASILEIRO”.

   Ah! O famoso “jeitinho brasileiro”, tão praticado na “antiga Terra de Santa Cruz”! Chega a ser uma “mania” de muitos brasileiros. E exemplos não faltam:

  • Pedir algo a um amigo, como por exemplo, um livro, e jamais devolver
  • Realizar festas com som alto, incomodando o vizinho ao lado
  • Furar filas
  • Fazer filas duplas no trânsito
  • Comprar fiado e nunca pagar
  • Ficar com o troca a mais que lhe foi dado
  • Pedir a um amigo para ser [dele] avalista e deixá-lo na mão
  • Passar o sinal vermelho
  • Usar a camisa do Vasco para se passar por cinto de segurança

   E por aí vai...

   N’uma lista que parece não acabar, neste jogo de astúcia e malandragem, onde muitos dão uma de “joão-sem-braço”, “fingem de bobos”, passando a perna em todo mundo, e procurando ser espertos e praticando pequenos golpes em cima dos outros.

   Caríssimo leitor, no instante em que vi a cena daquele carro estacionado numa vaga para ele imprópria me veio à memória um programa que recentemente assisti num dos canais de minha TV a cabo, em que na matéria foi exibido que em certo país europeu, se não me engano a Finlândia, as pessoas não atravessam a faixa de pedestres enquanto estiver [para eles] o sinal vermelho, mesmo que não venha carro algum.

   Ah, meu amigo! Se os Beatles fossem tirar no Brasil aquela conhecida foto do disco “Abbey Road”, em que eles estavam atravessando a rua, com certeza teriam sido atropelados. E por quê? Simplesmente porque são pouquíssimos os motoristas que param antes da faixa de pedestres a fim de que estes possam passar. Nota: a respeito da foto principal do disco foram realizadas 6 “cliques” para fosse escolhido somente uma. E foi preciso contar com a boa vontade de um guarda de trânsito para segurar o tráfego durante 10 minutos. Pois bem, que brasileiro na Avenida Brasil (no Rio) ou na Paulista teria paciência p’ra ficar esperando alguém ficar batendo foto enquanto o seu carro está parado?

   É um fato triste, e motivo também para muitos em seus países serem de certa forma xenófobos, já que eles não querem que ele seja “infectado” pelos maus modos que aqui exercemos. E, assim, não é raro vermos pichados em casas de moradores de estrangeiros (sobretudo nos EUA) frases preconceituosas e com teor agressivo, tais como “GO BACK TO YOUR COUNTRY”, infelizmente.

   Bom, as regras urbanas são simples, ao que não justifica nenhum tipo de rebeldia ou transgressão. Não, não há razão para infringi-las. Um pouco de boa vontade faz a diferença e todos ganham a executar a sua devida parte. Não abuse de sua malandragem.

   Sigamos, portanto, o exemplo dos Beatles: atravessemos a rua na faixa de pedestres. Sejamos éticos. E, caso querias mudar de país, lembre-se: o “jeitinho brasileiro" pode até “funcionar” aqui, mas talvez não tanto... lá fora. E mesmo por aqui uma hora a casa cai. Pense bem sobre isto.

 

06/03/2023

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 06/03/2023
Reeditado em 06/03/2023
Código do texto: T7734159
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