QUANDO UMA ATRAÇÃO NÃO CORRESPONDIDA COMPENSA

Antes de tudo é bom esclarecer logo uma coisa: muitas pessoas de ambos os sexos confundem uma atração repentina por outra com uma paixão. Esta e amor são sentimentos completamente diferente, principalmente de atração física. Bem diferente dos animais irracionais que agem por instinto, o ser humano tem um vasto campo psicológico para fazer suas opções, preferência para consumar um relacionamento no campo afetivo. Vamos ao um caso concreto:

Baltazar, um aposentado e viúvo sempre procurou agir com um pé na frente e outro atrás quando o assunto é amizade, relacionamento com mulheres, seja de que idade for. Sem nenhum resquício de misoginia, pelo o contrário, sempre foi durante a sua vida bastante atencioso com elas em qualquer circunstância: trabalho, escola, condução, rua, festa etc. E de tanto agir assim, amiúde, algumas de suas atitudes chegam a beirar prenúncio de um assédio e até mesmo uma paquera. Só quando ele percebe que a situação chegou a este ponto, após medir os prós e contras, vantagens e desvantagens de tal relacionamento, como estava com um pé dentro e outro fora, logo opta para ficar com ambos isentos de um relacionamento duvidoso ou que tudo indica irá lhe trazer algum transtorno ou motivo de chacota, zombaria etc. Explico a situação:

A diferença de idade dele e da pessoa que ele estava prestes a se declarar é patente. Sabe aquela situação em que, sem dificuldade, sem malícia, sem zombaria qualquer pessoa acha que aquele casal deve ser "pai e filha"? Então, foi pensando bem que ele após se sentir cativado por uma funcionária de 32 anos de uma clínica médica e por isso mesmo procurar sempre agradá-la com pequenos presente ou guloseimas, sem falar nos vários elogios, chegando a serem repetitivos, certo dia, sem a linda jovem nada lhe fazer, aliás, literalmente, nada lhe retribuir como demonstração de reciprocidade naqueles sentimentos libidinosos que o cerceavam, aquele senhor simplesmente resolveu optou por não mais ir àquela clínica no dia ou horário em que aquela pessoa que ela admirava estivesse ali. Assim como não ligou mais para ela sem guardar nenhum rancor ou motivo de ojeriza. A única reciprocidade que ele sentiu nisto tudo foi que ela também nunca mais lhe mandou nenhuma mensagem perguntando apenas por sua ausência. Não digo nem pelas seus agrados e palavras de carinhos que ficaram no passado recente. É aquela famosa história: quando não tem que ser não adianta forçar o barco. Já quando é o contrário, basta um olhar mútuo ou até um toque aleatório numa condução, a flecha de Cupido será cravada em dois corações. O amor é lindo.