Doutor Jivago
DEPOIS de mais de 20 anos estou relendo o romance Doutor Jivago, de Boris Pasternak. Agora na tradução direta do russo, feita por Zoia Prestes (filha de Luís Carlos Prestes). Vibrei com o filme, com a música Tema de Lara, com os atores… Mas o romance emociona ainda mais que o filme.
Não vou detalhar nada, apenas vou transcrever um trecho de um monólogo de um dos personagens porque ele fica em algo que julgo essencial é verdadeiro. São palavras desse personagem:
“… Então para este amontoado insípido de mármore e ouro, veio este homem leve e vestido de brilho, realmente humano, intencionalmente provinciano, Galileu. E a partir desse instante, os povos e os deuses foram abolidos e começou o homem-carpinteiro, o homem lavrador, o homem pastor de um rebanho de carneiros ao por do sol, o homem reconhecidamente difundido em todas as cantigas de ninar das mães, e por todas as galerias do mundo”.
É um livro maravilhoso. Juro. William Porto. Inté.