LINHAS DESESPERADAS.

Não tenho muito interesse em falar dessa semana, infelizmente, não houve novidades significativas no que desrespeito ao meu pequeno universo particular, sendo assim, não há nada de novo debaixo do sol. Sou uma pessoa simples, não tenho frescuras com nada, a minha vida é regida em curso normativo me possibilitando transitar em linha reta sem desvios ou qualquer tipo de atalho e distrações. Existe um alto preço por ser tão sem originalidade. Eu sei, e muitos já me disseram, "lá dentro de você talvez exista esse alguém surpreendente", contudo, o 'talvez', está mais para o não do que um sim.

A minha esposa odeia essa quietude aflorada em minha pessoa, o jeito como enxergo o mundo, a forma como eu me relaciono com as pessoas e com os meus poucos e raríssimos amigos... Sim, quase não os tenho. O meu trabalho é pura chateação, não há expectativas na função de açougueiro, sou apenas um vulto por trás de um balcão apagado e sem vida, cujas cores não cintilam na alma. É até chato, confesso... Cortar carnes, fazer balcões o dia todo, e atender enquanto durar o turno de trabalho. Às vezes, tenho a impressão de um tempo estacionário naquele lugar.

Eu gosto mesmo é de literatura, amo livros, amo ler, inclusive estou constantemente lendo. Também gosto de escrever, sou o tipo amador na arte da escrita. Tenho alguns títulos publicados no clube de autores. Poesia, crônica, conto, romances. Eu mesmo edito os meus livros, revisão, diagramação, capa, enfim, tudo do meu jeito e no meu tempo. Já me disseram para procurar por uma editora tradicional, eu não tenho interesse nas tradicionais. Nada contra, seria interessante ter o meu trabalho publicado profissionalmente, ter o meu livro em uma estante de livraria, ser reconhecido no meio literário, poxa vida... Isso seria ótimo.

Mas... Por enquanto não.

Atualmente estou trabalhando em um romance, na verdade, a reescrita de uma novela, depois de pronta, pretendo levá-la aos status de romance. Devo terminar talvez até o final do ano. O título é, 'história sem cores', confesso, não me agrada, estou pensando, com relativa insistência, em mudá-lo, porém, não tenho a mínima ideia de um novo nome... 'Memória sem cores', é o que me ocorreu. O livro conta a história de um jovem casal, Alberto e Berenice, na iminência do casamento, contudo, um atropelamento fará Alberto perder totalmente a memória não reconhecendo ninguém. Nesse ínterim, outra fatalidade interrompe a vida de seus pais. A noiva terá o desafio de fazê-lo rememorar quem é, além de contar sobre a morte de seus pais.

Já as crônicas, as escrevo semanalmente, desde 2015. Toda semana nasce um texto sobre um fato qualquer da minha vida ou da vida de outros. É um tipo de exercício de escrita na ajuda do desenvolvimento da ideia. Já os poemas, esses habitam outro nível na alma. Eu costumo dizer que a poesia me escolheu do momento em que eu nasci. Durante toda a vida sempre tive facilidade de me expressar por meio dos versos. Os poemas nascem na alma, ganham o coração, derramando-se pelos dedos por meio de palavras. O meu verdadeiro desejo era abordar outro assunto mais interessante, encantador, porém, amigo leitor, não me veio nada à mente... Tenho apenas essas linhas desesperadas por sua atenção, espero que vocês gostem. É isso…

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 05/03/2023
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