Não faz tanto tempo assim...
Não faz tanto tempo assim, cumprimentávamo-nos com um “Bom dia”. Hoje os olhares mal se cruzam, porque estamos hipnotizados pelas telas dos smartphones.
Não faz tanto tempo assim, havia um beijo e abraços, quando não um aperto de mão entre amigos (as), hoje apenas um “soquinho” de leve entre mãos ou um “E aí” cinzento e inexpressivo.
Não faz muito tempo o nosso emprego era a nossa “segunda casa”, hoje passou a ser local de competividade e individualismo, local este, de quem pode mais é quem agrega-se menos.
Não faz tanto tempo, amávamo-nos e sonhávamos constantemente, hoje o medo de amar nos fez viver acordados, frustrados e assustados permanentemente.
Não faz tanto tempo sorríamo-nos interagíamos, cantávamos em um mundo de cores e sabores. Hoje entristecidos, por redes sociais, seguimos calados nos vendo e escrevendo nossos dissabores apenas numa tela preta em letras brancas.
Por fim, não faz tanto tempo assim que falávamos mais com Deus, hoje a descrença, o misticismo e o apego às convenções sociais nos deixaram mais incrédulos e desumanos, menos seres humanos.