CAIR DE TARDE
CAIR DE TARDE
Um cair de tarde, cercado de silêncio de vozes, apenas vivem os sons da chuva, pingos no telhado, plimplim das calhas e batidas leves nos vidros da janela. Um livro nas mãos, uma viagem a outras vidas, sorrisos, lágrimas e páginas viradas. Ficção e realidade misturam-se no âmago d’alma, a paz reina absoluta, mas o tempo trata de dar fim ao transe, surge a verdade da existência, outros sons, ruídos, pessoas, chamamentos, apelos, cobranças, outra natureza, apresenta-se nua e crua, afinal há vida, fora dos livros e das ilusões, verdades batem à porta, impossível não atender.