SAUDADES DO CÉU?
SAUDADES DO CÉU?
Eu acredito que, um dia, ao sermos concebidos por nossas mães, Deus soprou uma alma eterna em nós, que sobreviverá ao corpo mortal e, como uma fecha, voltará ao Criador.
Creio que, ao sermos plasmados pelas mãos de Deus, tivemos a imagem do Paraiso impressa em nós, e essa imagem nos acompanha a vida inteira, como lembrança da nossa primeira Casa, para a qual, um dia, devemos voltar.
Como uma flecha, nossa alma será lançada em direção ao alvo, Deus, de quem viemos, e a infelicidade ou Condenação eterna é errar o alvo e se perder no infinito frio e vazio.
Durante nossa vida finita, vamos, através do Bem que praticamos, acertando o rumo dessa flecha; e com o mal vivido, desviamo-nos, cada vez mais do alvo.
Com o passar dos anos, vai se reacendendo em nós a lembrança do Paraiso, de onde viemos, como de um lugar que nos atrai, sem sabermos onde é.
Lembro de meu pai, aos noventa anos, me dizer que tinha saudades do Céu. Hoje compreendo, porque, depois de uma vida que vem se alongando, por graça de Deus, começo a sentir saudades desse lugar de origem, que me atrai cada vez mais.
No coração de Deus, suponho, há um imã, que atrai a flecha de nossa alma, para que ela não se perca na trajetória. E essa lembrança indefinida faz parte desse magnetismo.
Há uma música que diz: O meu lugar é o Céu. É lá que eu quero morar.
Inferno, é sem dúvida, errar o alvo eterno e não alcançar o lugar de origem, destinado aos que viverem o Amor de Deus.