Vaidade

ACHO que quando produzimos algo desejamos mostrar esse feito a alguém. Vaidade? Vá lá que seja. Mas é algo humano. Essa, digamos, vaidade acontece em qualquer atividade humana. Na escrita, por exemplo, quem escreve deseja, sim, ser lido, apreciado e, se for o caso, receber o elogio merecido. Também deve aceitar as críticas.

No entanto, no caso da escrita, entendo que nunca se deve buscar como finalidade maior agradar ao leitor. Mais: nunca renunciar às ideias, crença, ideologia e até convicções pessoais para escrever aquilo que, no momento, está na moda e pode angariar mais leitores. Ora, fazendo isso estaremos traindo a nós mesmos, sendo oportunista, fútil , perdendo a identidade, estilo e arranhando o caráter.

Talvez esteja sendo um pouco exagerado, mas não estou mentindo e nem caluniando. Apenas tocando num assunto sério.

Quando comecei a escrever para o recanto confesso que procurava assuntos que pudessem chamar à atenção, cheguei até a escrever folhetins em vários capítulos. Desisti. Hoje só escrevo o que quero e me manda a consciência agrade ou desagrade. E textos curtos. Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim, como diz o samba. William Porto. Inté.