Abraçando-me
Abraçando-me
Eu aprende a me abraçar quando não tinha ninguém mais do lado, e foi me apegando a mim, que despertei para o auto carinho, quantas noites fui dormi com minha companhia, sabe aqueles dias que você só queria um abraço, e que ficasse em silêncio, sem precisa dizer nada, eu silenciei o choro entalado na garganta mesmo tendo vontade de gritar e por tudo para fora.
Mesmo com as palavras de repúdio a que fizeram eu simplesmente sufoquei elas com o travesseiro como quem que matar alguém sufocado, me fiz cafuné e botei para dormi a força, na mesma marra que confundia a mente cheia de pensamentos dolorosos, os gritos de não dei o corpo pagou caro, pois saia por ele cada fratura da alma, em forma de desgastantes, dores que não desejo que sintam.
Ainda abraço-me para reconfortar o quanto tive que ser forte sozinho, quando queria apenas a mão segurando a minha, precisando do acalento amigo, familiar ou qualquer pessoa que como salva alguém de um naufrágio segurando sua mão, todavia me deito em minha compadecida companhia esperando e tendo o calor do coberto a disposição do momento.
Por mais que falem pelas redes sociais palavras que aquecem o coração, para mim, não tem serventia pois para quem sabe o que falar na hora certa como nós que escrevemos e fácil apenas ouvir, mais não sentimentos o destino delas, sem a comunhão dos gestos e atitudes, que mesmo nos prantos da solitude que virou uma parceira cheia de surpresas e até agradável, pois dela eu sei o que esperar.
Das pessoas tenho para mim, que é tudo igual, aliás podemos até imaginar um surpresa despretensioso mais que na maioria das vezes, tendem a ser repulsivas, intoleráveis e decepcionante, de tal maneira que chegar a queimar a essência de nosso ser, abraçando-me repouso ao meu delire pessoal e íntimo de não deixar de ser quem sou, para satisfazer o prazer alheio, perigoso que agrada os outro e a EU não.
Thiago Sotthero