TEMPESTADE
TEMPESTADE
A Chuva cai torrencialmente na tarde quente de fevereiro. Os relâmpagos cruzam os céus, em espaços cada vez mais curtos, seguidos de trovões assustadores que se lançam sobre a terra.
De minha janela envidraçada, vejo a tempestade se precipitar sobre o mundo, como se quisesse destruí-lo.
Não há força humana capaz de fazer frente à natureza enfurecida. Como pequenas formigas, aguardamos, silenciosamente, cientes de nossa impotência, o que pode vir, orando a Deus por misericórdia.
É nesse instante que compreendemos, como somos fracos e pequenos, diante do universo que nos cerca. Com um simples sopro podemos ser varridos no espaço sem fim.
A terra estremece com o rigor da procela. Não há lugar seguro, o suficiente, que nos proteja de seu furor, se ela logo não cessar.
Aos poucos a tempestade vai recuando, a chuva e os trovões diminuem, as nuvens carregadas se dissipam e respiramos um novo alento de tranquilidade.
Somos um grão de areia, que só se equilibra no infinito, graças a um Deus que nos ama.
Mas isso nos faz pensar:
- Até que ponto temos correspondido ao mundo paradisíaco que ganhamos, de Deus?
Passado o susto e o medo, vamos respeitar mais a natureza e a vida, ou continuaremos nossa marcha para o caos?
Só Deus sabe.