DUALISMO INEVITÁVEL

Certa vez um filósofo, pensando sobre vida e morte, disse algo digno de reflexão:

- Quando chegamos à vida, há um momento em que somos expulsos do lugar seguro, em que estamos, passamos por escuridão e dor e, logo depois, vem a luz de uma nova vida.

- Quando chegamos ao momento da  morte, algo semelhante acontece. É um momento de dor, escuridão, nos sentimos sendo expulsos da segurança, a qual nos acostumamos, mas, a seguir, vem a luz da vida ...eterna.

Vida e morte! Dois momentos pelos quais todos passamos. O que há de mais certo, quando nascemos, é que caminhamos para a morte.

Os mais jovens , sequer pensam neste momento final. Iludem-se com a beleza  do Paraiso Terrestre, e esquecem que ele irá findar. Agem como as cigarras: cantam e dançam durante as estações boas, sem se prevenir para o Inverno.

Quando conhecemos mais a vida, entendemos sua beleza, mas temos a consciência de que ela irá terminar . Esses, geralmente os mais velhos, são como as formigas, que trabalham com afinco, para estarem preparados para o Inverno.

Tanto a vida, como a morte, têm momentos cruciais de escuridão e dor. Mas em ambos os casos, vem a Luz

Sabemos que, depois desta vida, há uma nova vida, que poderá ser de plena luz, se vivermos na vida atual, a Fé e as Boas Obras.  Essa é a promessa de Deus. Mas, se logo após a morte,  ao vislumbrarmos a luz, não tivermos nossas mãos cheias de amor, sobrevirá a escuridão total.

Só tem medo da morte, quem não sabe viver.

Hoje, depois de uma vida de altos e baixos, compreendi o verdadeiro sentido da vida: Uma simples passagem para a vida eterna. E ainda em tempo,  mudei o rumo do barco de minha vida, em direção à  Atlantida Divina. Não tenho pressa de chegar. Tenho muito bem a realizar por aqui. Mas sigo firme e sem medo, pois logo após a passagem escura e dolorida, vou deslumbrar a Cidade Eterna.