A gente ouve dizer: “Ah! como a vida passa depressa!” Parece até um clichê, mas quanta verdade existe nessas palavras! Somos feitos de cortes profundos que são remendados e seguimos em frente lembrando que somente o tempo cura e apaga todas as dores. Muitas vezes os carretéis são coloridos e brilhantes, e a roupa exatamente o nosso número. No entanto, percebemos que tudo é tão passageiro quando outras linhas menos coloridas nos vestem com roupas desconfortáveis. Esses são os momentos que nos ensinam muito, com reflexões profundas e muito aprendizado.
Lembro bem que quando criança, ouvia dizer: “Quem muito ri, muito chora”, como se tivéssemos que pagar pelos momentos de felicidade! E chegávamos a acreditar nisso, suprimindo, às vezes, as risadas alegres, como se as guardássemos em um vidrinho para usá-las em doses homeopáticas.
Já passei muitos momentos felizes, analisando-os em vez de senti-los com medo daquela fragilidade. No entanto, vulneráveis são nossos pensamentos, que nos cobram um simples momento de felicidade. Somos os próprios artesãos de nossa vida, e a mágica é pegar a agulha e tentar costurar nosso aprendizado com sentimento , raciocinio - e muita sabedoria.
Tema: As linhas que nos costuram (Crônica)