A gente ouve dizer: “Ah! como a vida passa depressa!” Parece até um clichê, mas quanta verdade existe nessas palavras! Somos feitos de cortes profundos que são remendados  e seguimos em  frente lembrando que somente o tempo cura e apaga todas as dores. Muitas vezes  os carretéis  são coloridos e brilhantes, e a roupa exatamente o nosso número.  No entanto, percebemos que tudo é tão passageiro quando outras linhas menos coloridas nos vestem com roupas desconfortáveis. Esses são os momentos que nos ensinam muito, com  reflexões profundas e muito aprendizado.
  
Lembro bem que quando criança, ouvia dizer: “Quem muito ri, muito chora”, como se tivéssemos que pagar pelos momentos de felicidade! E chegávamos a acreditar nisso, suprimindo, às vezes, as risadas alegres, como se as guardássemos em  um  vidrinho para usá-las em doses homeopáticas. 


Já passei muitos momentos felizes, analisando-os em vez de senti-los com medo daquela fragilidade.  No entanto, vulneráveis são nossos pensamentos, que nos cobram um simples  momento de felicidade.  Somos os próprios artesãos de nossa vida, e a mágica é pegar a agulha e tentar  costurar nosso aprendizado com sentimento , raciocinio -  e muita sabedoria.

 

Tema: As linhas que nos costuram (Crônica)

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 21/02/2023
Reeditado em 21/02/2023
Código do texto: T7724487
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