EU CHEGO LÁ
Francisco de Paula Melo Aguiar
O Brasil tem encantos mil em quase tudo.
Até tragédias naturais, que também não são fenômenos só de Pindorama...
As vítimas a nossa solidariedade cristã.
Tem gente criadora de momentos para todos os gostos felizes e infelizes.
O carnaval é interdisciplinar e pluricultural em todas as regiões do país.
O povo tem liberdade de ir e vir...
Tem retiros promovidos pelas religiosidades, uma dentre outras formas de refletir sobre a realidade da vida que tem origem e fim no pó da Terra.
Não sabemos de onde vimos e nem para onde iremos depois que a canoa virá...
No passado as marchinhas de frevo dominavam as programações das emissoras de rádio e TV. Agora com as redes sociais tudo mudou, só não mudou a canoa de cada pessoa...
Agora nem tanto, todos os estilos musicais são tocados segundo os gostos individuais das canoas em suas tribos...
Paredões e estilos musicais a perder de vista.
As escolas de samba do sudeste, eixo Rio de Janeiro e São Paulo, são as expressões maiores destas canoas. Ex-vi os temas e alegorias das grandes escolas ou canoas: Beija-flor, Portela, etc.
O axé da Bahia continua brilhante como o sol do meio dia ...
Por outro lado, o frevo e o Maracatu, continua sendo a expressão do carnaval pernambucano.
A identidade cultural brasileira é mesmo multicultural.
Não tem modelo pronto...
O oxente é só de nossa gente!...
Tem carnaval tradicional nacional, regional e local.
A vestimenta do povo tem a cara da "marmota" nacional, regional e local. Não é uma coisa só da paraibanidade.
O carnaval é um teatro aberto onde todos e todas são atores e autores de seus próprios atos.
Assim sendo, Emílinha Borba tem razão ao cantar a "Marcha do remador", por dizer que: "Se a canoa não virar; Olê olê olê olá; Eu chego lá".
E isso é fato, cada pessoa é a própria "canoa" de seus sonhos que quando acorda a festa acaba...