O SILÊNCIO PODE SER A RESPOSTA

Sempre haverão dias que se posicionarão em nossa frente como uma barreira de jogadores de basquete, serão muitos. Quem achou que seria uma jornada fácil? Ao girar a chave pelo lado de fora da porta de casa, anunciamos a saída e empregamos nosso positivismo e muita paciência. Dependendo da razão dessa saída, já podemos prever algumas situações amargas e até dolorosas. Seja na ida ou na volta. Tentaram nos avisar quando éramos crianças, “a vida não é esse mar de rosas que tu achas”. Ouvi muitos conselhos que falavam em persistência, coerência e inteligência. Entretanto, quem somos quando jovens, com pouca ou nenhuma responsabilidade? Eu tenho certeza que não sou o mesmo.

Somos movidos por palavras, formulamos e disparamos como uma metralhadora sem trava. Não aprendemos a pensar antes de falar, é tudo muito automático. Uma necessidade.

Esse nosso mais comum meio de comunicação facilita muito a vida, no entanto, quando jogadas de forma errada podem ser muito violentas e machucar mais que um duro golpe físico. Por que é tão difícil controlar essa parte do cérebro que apaga nos momentos mais sensíveis?

Uma frase escrita pode ser esquecida, entretanto, uma palavra dita de forma equivocada será gravada no mais profundo poço das lembranças que fica escondido embaixo de todas as melhores lembranças, mas que por um motivo qualquer, ele sobe como lava de vulcão e cobre tudo que deveria se destacar. Essa lembrança triste de algo que foi dito sempre terá seu lugar especial, não há como fugir.

Uma boa estratégia para mudar o hábito de falar por impulso é exercitar se calar e praticar o silêncio quando sentir raiva ou o desejo de ofender alguém. Em outro momento, com mais serenidade, uma conversa difícil pode ser retomada, se necessário.

“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.” Sigmund Freud.

Portanto, antes de deixar que as palavras tomem forma física, impacto desnecessário e se encaminhem aos ouvidos de quem nos escuta, precisamos exercer a empatia, a compaixão, o respeito e a reflexão de que, muitas vezes, não temos ideia do que o outro está passando ou como está sendo de fato o dia de cada um. Por isso, precisamos medir nossas palavras e usá-las sempre para motivar, levantar e impulsionar as pessoas, pois as mazelas da vida já se encarregam de fazer o oposto.

Podemos nunca aprender, nunca conseguir, mas temos que tentar sempre. Teremos muitas oportunidades.