Autoridades eclesiásticas também dizem palavrões
Em um final de tarde, o bispo resolveu fazer vistorias na obra da nova catedral tendo como companhia uma pequena e branquíssima cadela. E diante de qualquer obstáculos, entulhos ou poças de água, lá ia ela para os braços do bispo que estava assessorado por Adelmo, o responsável pela segurança do trabalho.
No entanto, Adelmo não pode impedir que o bispo tropeçasse, caísse e fraturasse o tornozelo. Diante da gravidade, providenciou uma ambulância, encarregou alguém para transportar o animal à diocese e acompanhou o prelado até a casa hospitalar para melhores informações. Dever do ofício.
A primeira enfermeira lhe aplicou anestesia; a segunda mediu a pressão; a terceira providenciou a vestimenta; a quarta anotações protocolares. E todas exclamavam: - Nossa! Como ‘nosso’ bispo é perfumado! Primeira resposta do bispo: - Perfumado é o seu pai, sua avó, o escambau...; segunda resposta: - É da cadela; terceira resposta: - Foi a cadela que deixou na minha roupa; quarta resposta: Impublicável.
E as palavras mal-humoradas da autoridade cristã ganharam os corredores do hospital. Só foram esclarecidas quando a indignação chegou aos ouvidos de Adelmo.
- Ainda bem que o senhor está aqui para explicar, senhor Adelmo. Nós já estávamos pensando que o ‘nosso’ bispo não fosse assim tão ‘santo’, revelou uma idosa enfermeira.
Conclusão: Até bispo esquece alguns conceitos quando abalado emocionalmente.