Amor de mãe
Amor de mãe
Um certo dia, alguém que não tinha filhos perguntou-me qual o filho que eu mais amava. Estávamos falando de muitas coisas, inclusive de solidão. Eu não titubeei em responder, porque não existe um filho melhor que o outro, nem por fraqueza espiritual, nem por riqueza material, tampouco por desvio de conduta ou abandono parental. Um filho é o amor materializado que motiva o coração a bater de felicidade, a paz do sorriso, a leveza da alma e a razão para continuar respirando. É o coração fora do corpo. Um filho é a doação de sentimentos sem adoção de reciprocidade. Um filho é um filho, independente do laço que foi concebido; de sangue ou de coração o sentimento é invariável. É um presente de Deus como demonstração de afeto, mas não pense que é objeto para ser manipulado, controlado e assediado. Filho não é um brinquedo que você usa e depois descarta. Não é um robô com controle remoto para você programar. Tampouco, filho é propriedade para dispor na hora que bem quiser. Filho não uma coisa para ser disputado. É um ser humano com identidade e referências, que temos o dever de criar, amar e abrir mão para que ele possa viver a própria história. Assim como Deus ama o filho desgarrado, uma mãe ama seu filho. Com defeitos ou qualidades, ranhuras ou machucados, leveza ou aspereza. Uma mãe vê mais longe que os olhos, vê com o coração. Para ela não existe feiúra, não existe deficiência, não existe limitação. E, ainda, que o filho erre, ela abomina o erro, mas não a sua cria. Nunca existirá o filho mais amado, entretanto, o que fica mais próximo ganha mais atenção, não todo o coração. Ela nunca deixará de pensar ou amar o filho que está distante, nem por um instante. Coração de mãe é jazida de diamantes; é fonte de amor; é lugar onde mora o perdão. O melhor filho é o que ela tem. E se uma mãe não ama desse jeito, não sei a explicação, respondi conforme o amor que tenho por Thiago, por Caroline e por Yasmin.