A CAÇA AS BRUXAS
Francisco de Paula Melo Aguiar
Em pleno sábado de Zé Pereira que não é o lendário coronel José Pereira, o da Independência de Princesa Isabel, município paraibano, a caça às bruxas continua.
Não se sabe, porém, onde encontrá-las em plena festa de momo, porque, todas as bruxas e bruxos estão usando máscaras, não dão mais risadas, portanto, fica difícil serem identificadas para responder nas barras da justiça como assim determina o pontificado dominante legal.
A caça às bruxas é algo semelhante a Santa Inquisição Italiana nos tempos do Brasil-Colônia e Brasil-Império, um capítulo não agradável e muito menos convergente da realidade, uma vez que é uma espécie de espalha bloco e suja muita gente com ou sem carnaval a maior festa democrática do corpo e da alma, o que deveria ser também da mente se não fosse o quebra-quebra do patrimônio público naquele malogrado 8 de janeiro de 2023.
E pior ainda com o tratamento dado aos poderes da República...
Foi um Deus nos acuda...
E o carnaval é alegria geral, tempo de confraternização para uns e de exageros para outros.
Não existe uma democracia maior do que a festa do carnaval, onde se diz tudo e tudo se leva na brincadeira, deleta, igualmente o que os políticos dizem no palanque e antes de descer esquece tudo.
Isso é no calor das emoções populares, até porque a massa não pensa e sempre é conduzida para o céu e para o inferno por um líder, como por exemplo, por Jesus Cristo e ou pelo Diabo.
Assim, a promessa feita é desfeita in loco para não ocupar a mente do povo.
É como amor de carnaval que só dura enquanto passa a galinha a procura do Galo da Madrugada naa ruas da mauricea brasileira, terra do boi que voa...
Então, prende o boi que isso pode virar bode, no dizer da música de Rui Guedes e Chico Buarque, por analogia.
Era uma vez um carnaval que passou na vida de milhões que estão com os pires nas mãos esperando o recadastramento do cadÚnico após a grande festa.
É só esperar para vê o que vai acontecer no lava e enxuga prato com poucos trapos...