Menos confetes!
Haverá mesmo carnaval neste ano? Acho que estou meio ou totalmente desatualizado. Também, n’é! Estádios de futebol lotados, ninguém reclama, ninguém manifesta contra. Praias lotadas, ninguém reclama, ninguém manifesta contra. Shows musicais lotados, ninguém reclama, ninguém manifesta contra. Cinemas e shoppings lotados, ninguém reclama, ninguém manifesta contra... e por aí vai...
Então, vamos ao carnaval! Haverá blocos? Escolas de samba? Os sambódromos estarão em festa? E os reis momos? Humm..., nesta era “fitness”..., sei não! Hahaha... brincadeiras à parte!
Chegarão turistas de tudo quanto é parte do mundo? Melhorará significativamente a economia brasileira? Gerará muitos empregos temporários? Haverá oportunidades para uma renda extra?
E o que se sabe mais a respeito do referido evento? Haverá distribuição de máscaras de proteção contra novas variantes? Não?!!! O quê? As variantes saíram de linha? Ah, não mais estamos nos anos 70 do século passado! Tá certo!
Todos terão acesso ao carnaval? Poderão pular e gargalhar à vontade? Poderão ver os seus blocos a desfilarem pelas avenidas? Usarão confetes? Serpentinas? Haverá columbinas e arlequins? Pierrô! Ah, é o nosso carnaval! Tá certo!
É o nosso carnaval. Minha escola ganhando ou perdendo, eu quero é sambar...
Que possamos sambar com responsabilidade. Evitando excessos e sem nos descuidarmos da saúde e do bom senso de um modo geral. É o que esperamos.
Agora, um detalhe! Aqui faço o meu pedido:
Menos confetes e mais cobranças por uma administração pública mais transparente; pela redução significativa da desigualdade social ou, quiçá, pela igualdade plena.
Menos confetes e mais respeito ao jeito de ser do outro.
Menos confetes e fim de tudo quanto é forma de preconceito.
Menos confetes e mais consciência inclusiva.
Quem sabe, a esperança de um carnaval sem se precisar rimar com fome total!