Ninho vazio
Lá foi construído um ninho, nele encontramos os ovos, que o casal abrigaram para manter aquecido protegendo-os até que nascem os filhotes. Aí, alimentam-nos, às vezes auxiliadas pelo macho, num trabalho incansável: trazem-lhes a comida no bico, atendendo ao seu piar contínuo. À medida que eles vão crescendo e adquirindo plumagem, também se movimentam melhor e não querem mais ficar no ninho. Que faz, então, a mãe? Oferece-lhes lições de voo! Acompanha-os aos lugares apropriados e incentiva-os até que os vê perder o medo e se lançar no espaço, primeiro desajeitadamente, depois com toda confiança, a enfrentar desafios no azul do céu. Pronto! Lá se vão eles, deixando a mãe sozinha, ciente do dever cumprido.
Mas nós não somos assim como as aves? Não agimos da mesma forma, dispensando nossos melhores cuidados aos filhos, para depois vê-los alçar voo e seguir seu caminho?
Denominaram essa mudança, essa nova fase de vida “síndrome do ninho vazio”, aplicado a essa situação. A casa parece ter mesmo ficado surda e muda. Inusitada, incômoda a sensação de se sentir órfã dos próprios filhos. E triste também! Muito.
Mas, reagir a esse sentimento é preciso. É hora de racionalizar, de reorganizar a vida, de buscar alternativas, de rejeitar qualquer proximidade da depressão. Nada acabou. Agora haverá mais tempo para o lazer, para o voluntariado, para novos projetos de vida. Além disso – o mais importante – sempre é tempo de orar, de agradecer e de suplicar a Deus suas bênçãos para sobre eles, para que tenham sabedoria e discernimento para conduzir sua vida e também para prover e educar seus próprios filhos.
“Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida”. (Salmo138:7)
Bem! Vamos refazer a vida. Que assim Deus nos ajude. Afinal fizemos isso com nossos pais......