AMIGOS? NEM TANTO!
Não exageramos ao conceituarmos a amizade, como é de praxe acontecer. Porque muitos romantizam esse termo quase o elevando à condição divinal. E, como percebemos, na prática nunca é assim. Pois um amigo é apenas alguém com quem temos uma aproximação diferente daquela com as demais pessoas conhecidas, vizinhas, colegas etc. Não é um ser subliminarmente especial portador de dons sobrenaturais, é somente amigo, nada além disso. Pronto.
Não é à toa que existe o ditado "amigos, amigos, negócios à parte!" Corroborando portanto tratar-se de uma pessoa com quem conversamos mais, encontramos nas festas e sentamos à mesma mesa, bebericamos algo e nada mais. Não é porque ele ou ela é seu amigo que num contrato qualquer envolvendo negócios e dinheiro o deixaremos obter todas as vantagens e levaremos só as migalhas. Não! Nem o traremos para nossa casa para passar o tempo que quiser e ficar à vontade. Não!
Por óbvio, esta crônica retrata unicamente o meu ponto de vista, o modo como enxergo a amizade, seu lado positivo e negativo, jamais representará a verdade absoluta ou o pensamento de todos. Assim, ressalto, a meu ver claro, que o amigo é o cidadão merecedor do meu respeito e minha amizade, contudo atentando para ressalvas tais como a intimidade do lar, os segredos da família e demais pontos que devem necessariamente permanecer longe de suas mãos, olhos e ouvidos.
Certo celebremos a amizade, hoje especialmente por ser o dia do amigo, porém sem o extremo de endeusar esse sentimento nem torná-lo muito além do que realmente é. Ter amigos realmente é ótimo, precisamos deles, mas como em tudo na nossa existência, delimitando limites e fronteiras que nunca podem ser ultrapassadas.