O corpo fala (BVIW)
Todas as vezes que me calei, silenciei minhas emoções e abri espaço para gritos incontidos, arquivados na alma. Ao dizer sim para todos, neguei a mim. A aceitação permanente criou, por algum tempo, a imagem de um alguém solícito e sempre disponível. Aos poucos, porém, o fato de dizer não, expressar " não gostei", " não posso", "não quero", " não vou", desconstruiu o castelo da permissividade e fez habitar um autoamor revigorante. O corpo ganhou voz, aprendi, neste sentido - a falar, tardiamente, mas transpor negativas internas para o meio exterior foi respiro! Para muitos, perdi valor; para mim, ganhei vigor - físico, emocional. Doar-se é dádiva real, entrega, desejo em fazer o bem a outrem. Contudo, como ofertar-se ao outro sem cuidar do essencial - o seu alguém?
Ouvir nossos próprios apelos, abraçar nossas demandas e nos priorizar é preciso. Sejamos bons a todos, comecemos por nós.