PSEUDOAMIGO, VENTO O LEVE! (BVIW)

 

Quantas vezes se planeja ou se tem vontade de fazer e se firma contrato, no entanto, por falta de disposição ou condições monetárias, não há como sacramentar. Quem nunca lançou um pacto ao vento que atire a primeira pedra, ai,ai,ai.  Quisera que tudo saísse certo, conforme o planejado!

 

Quando Magnólia imaginou se livrar do traste do Ariosto, se viu barriguda à espera do segundo filho. Os planos de reiniciar a vida com arrojados projetos foi interrompido, porque pensou mais no ventre que nos próprios sonhos. Sem falar na Dona Ritinha, a coitada acabara de construir a casa, numa luta diária, igual ao João-de-barro. Com admirável paciência, de tijolo em tijolo, vigota em vigota, que o salário lhe permitia. O infortúnio, porém, bateu forte em seu endereço, o tempo das enchentes chegou lambendo encostas, muralhas e seu novo lar. Sorte pior teve o grupo de pseudoamigos, que fizeram Bolão da Virada, cujo acordo era dividir irmãmente o prêmio, o que não se concretizou. Na hora H, o trato desfeito foi atirado ao ar em movimento, e a disputa corre feia na Justiça.

 

É satisfatório quando se consegue concluir o que se quer, honrar a palavra. Nem tudo, sabemos bem, sai como se deseja, mas que o lançado ao vento seja por falta de oportunidade, nunca de caráter.

 

 

Tema proposto pelo BVIW Trato ao Vento

 

(BVIW - *BECOMING VERY IMPORTANTE WRITER/ "Tornando-se um escritor muito importante").