Era 7.49 de uma manhã fria de inverno.
Era 7.49 de uma manhã fria de inverno, o céu estava de um cinza chuvoso, o tempo parecia acorda de uma assentada noite de chumbo, tudo preguiçosamente vai despertando na pequena Aldeia, uma borboleta passa próximo num voo mais gracioso do que as pernas num tapete vermelho de uma passarela. O que diferencia o dia da noite na pequena vila é a escuridão, o lugarejo começa a abrir as poucas portas e janelas, ouve-se latidos de cachorros, os homens numa tentativa de afastar o desejo de permanecer na cama saem do pequeno formigueiro esfregando os olhos, alguns penduram gaiolas com pássaros no alpendre da casa, o grito da meninada mais velha dar um tom de existência e de dentro de casas é ouvido o choro abafado das crianças pequenas.
O cheiro do café chega como uma flecha nas narinas dos homens que ainda estão a se lavar na bica do chafariz; de repente o grito: Vem! Está na mesa. A neblina subindo do cuscuz de milho fresco enche primeiro os olhos depois o estômago. Algumas mulheres de cócoras com a saia suspensa entre as pernas já estão a lavar roupas e o tilintar de panelas anuncia o preparo inicial do almoço, moças e rapazes reatam conversas interrompidas na noite passada...
Ainda não terminada.