Segundo um artigo de 12.08.2016 da Revista Istoé, após três meses de auditoria o Tribunal de Contas da União chegou a conclusão que 4.564 bens vinculados à Presidência desapareceram no período 2003-2016 e 716 presentes recebidos pelos então presidentes não foram incorporados ao patrimônio público, como prevê a lei.

De acordo com o relatório do TCU, de 731 presentes de chefes de estado ou governo, em audiências no exterior ou em solo nacional decorrentes de visitas oficiais ou de estado, no período 2003-2010, apenas nove presentes foram incorporados ao patrimônio da União e no período 2011-2016. seis presentes foram incorporados ao patrimônio.

Dos 45 setores que contêm bens extraviados na Presidência da República, cinco concentram aproximadamente 86,26% dos bens.

Para governantes que nunca sabem de nada, é difícil cuidar de um patrimônio como esse em 45 setores diferentes, mas pelos menos os bens que estão dentro do Palácio da Alvorada deveriam ter mais atenção. Ou será que sumiram justamente por terem sido alvos de muita atenção?

Com relação a conversão de presentes recebidos pelo governantes em patrimônio público, um argumento do TCU me parece bem razoável, “os presentes ofertados pelo presidente da República (brasileiro) aos chefes estrangeiros são adquiridos com recursos públicos da União. Logo, os presentes que ele receba em troca deveriam ser revertidos ao patrimônio”.

Mas, está claro aos olhos de quem quer enxergar e não se fazer de morto, não estamos tratando de pessoas razoáveis e nem honestas.

Fonte: https://revista.istoe.com.br/documentos-atestam-o-extravio-de-bens-da-uniao-na-era-pt/