Dimanche

HOJE é domingo, um dia meio parado, para alguns meio chato, previsível e com os repetitivos rituais dos almoços familiares, depois aquela conversa mole de tapioca mordeu beijinhos, os mesmos programas de tevê, aquela soneca de praxe, enfim, domingo é um dia meio chato. Como sou velho é aposentado e cheio de achaques, todo dia parece dia de domingo. Mas, creiam, recordo com saudade os domingos da minha infância e adolescência. Tenho um amigo, ainda vivo e bulindo, que adorava os domingos porque era o único dia que ele podia conversar com a namorada que era interna num colégio de freiras. Ele chama o domingo de Dimanche, em francês, dizia que ficava mais chique. Eu ria, mas lhe dava razão. Dimanche é mais bonito. Será? Não sei mesmo.

Lembro que havia uma música, se não me engano de Nelson Ned, que dizia num verso: “Que é que você vai fazer domingo à tarde?…”. Mas a que mais gosto é uma música de Tim Maia, Um Dia de Domingo, que canta num trecho; “Eu preciso descobrir a emoção de estar contigo, ver o sol amanhecer, e ver a vida acontecer num dia de domingo”. Lindo.

No mais, hoje além de ouvir músicas vou almoçar minha tradicional macarronada. Muito simples: macarrão com molho de tomate caseiro e dois ovos estrelados em cima além de queijo de coalho ralado, tomarei também uma taça de vinho tinto. É como sobremesa uma fatia de goiabada. Depois tiro uma soneca é mais tarde assisto um jogo na tevê. Bom Dimanche para todos vocês do nosso Recanto. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 12/02/2023
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