ENSINO BÁSICO

É bom que se esclareça desde já que eu não sou especialista nem estudioso sobre o assunto, principalmente considerando-se as conotações que são dadas a esses termos na atualidade. A coisa mais fácil de se encontrar em qualquer notícia é que “especialistas” dizem ou “estudos” comprovam, sem que se provem as especialidades de quem falou tal abobrinha ou se publiquem as grades estatísticas dos estudos...

Mas pela vivência e o olhar atento sobre o ensino no Brasil, podemos chegar a determinadas conclusões para as quais não são necessários estudos aprofundados.

É notória a incapacidade dos nossos jovens na construção de frases para expressar o pensamento na fala ou texto escrito e a dificuldade que têm em operações numéricas como passar o troco de uma compra quando estão ocupando a caixa de estabelecimento comercial se a máquina registradora não disponibilizar essa opção.

Isso se deve pelas alterações irracionais na lei de diretrizes e bases do ensino fundamental.

Demonizaram a carta de ABC e suprimiram a tabuada fazendo com que as relações entre os códigos representativos dos sons e das quantidades perdessem o significado inerente a cada um deles.

Esses códigos ora relegados serviram de base para a comunicação e o comércio conforme os registros dos povos da antiguidade em todos os continentes desde séculos a.C. e entre nós revelaram notáveis na literatura e na matemática, como Machado de Assis e Joaquim Cardozo.

É fato irrefutável que precisamos desses códigos para a vida no dia-a-dia e é inaceitável que não se ensine a importância deles aos estudantes das primeiras classes, mesmo porque eles já os usam nos celulares.

Cartilhas e tabuadas que descortinam os horizontes do saber precisam retornar com a máxima urgência ao ensino fundamental ou jamais sairemos do último lugar na prova do PISA, não teremos prêmio Nobel em categoria relevante e seremos para sempre consumidores de tecnologia estrangeira.

CITAÇÕES

Joaquim Maria Machado de Assis (1839/1908) fundador da Academia Brasileira de Letras

Joaquim Maria Moreira Cardozo (1897/1978) engenheiro responsável pelos cálculos dos prédios de Brasília