O CAPANGA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Uma certa vez ouvi uma conversa sobre um balançador de político de plantão, onde o mesmo levou um famoso capanga para ser nomeado segurança do líder dele, o homem forte que igualmente estava de passagem na gestão pública.
O político importante recebeu o chaleira em audiência com abanos e regalias.
Mas o compadre e correligionário veio fazer o que aqui hoje?
Tirei o dia de hoje para apresentar ao meu chefe político o homem escolhido a dedo para ser sua segurança, o senhor não pode ficar andando por aí sozinho, os tempos mudaram depois das últimas eleições.
Então estou preocupado com sua segurança compadre.
Este segurança é disposto, aceita qualquer empreitada, já matou uma dezena de adversários e inimigos do poder.
Ele não dorme no ponto. É matador de aluguel.
Aí o futuro segurança começou a ser apresentado ao "poderoso" chefão.
Valentia a perder de vista...
Na hora dos finalmente, o chefe político percebeu uma marca de ferida cicatrizada na face do candidato a segurança, ficou curioso e em cima da buxa perguntou: e essa cicatriz compadre, o que foi?
Foi ele lutando contra os bandoleiros e assaltantes de Alice no país das maravilhas.
Ato contínuo o político gestor disse para o compadre que o capanga não servia para ser seu segurança. E o compadre retrucou: por que compadre ele não serve para ser seu segurança?
Porque o que serve o senhor não trouxe.
Não trouxe o que compadre?
O homem que fez o desenho a ferro e a fogo na face do capanga que o senhor me apresenta.
Portanto não serve.