Louvado seja Deus pelo crescimento da criança
Abri a caixa de ferramentas escondida dentro do armário e olhei, procurava pela trena – queria conferir se tinha ou não um micro pênis.
Essa questão subitamente me assaltou, pois, momentos antes, tinha lido no Uol notícias, a história de um homem que desafortunadamente nascera com um, ele sentia-se incompleto, inadequado, com vergonha da própria nudez. Contou que nunca permitia ser visto como veio ao mundo, porque alegava que seu pau era um nano pau. Foram os médicos que deram este nome infame aos paus que eretos, não alcançam míseros 8 centímetros!
Não era o meu caso! Eu já sabia, bastava uma rápida olhada para notar que meu vergalhão robusto atingia legítimos 16 centímetros, quando ereto ou quando apontava para o infinito, como preferem dizer os poetas.
Admito que amolecido ou “dormindo” (minha ex-mulher usava esse termo zombeteiramente) era um pauzinho de criança, uma miuçalha infantil, menor até que os sórdidos 8 centímetros do caso acima – principalmente no frio, ou quando deparava com situações pavorosas, como tomar injeções ou como no dia em que deitei na mesa cirúrgica, (que era como um altar em um açougue) para que a mão do médico realizasse em mim uma vasectomia, nestas situações, apesar de não ter usado a trena para confirmar, creio que meu pau batia um triste recorde, atingindo espantosos 3 centímetros!
Contudo, diferentemente do homem da notícia do Uol, minha nudez não era motivo de vergonha, porque sabia que dependendo do vento que soprasse, meu pau poderia crescer e transmutar-se em algo volumoso, cheio de veias saltadas, algo bonito de se mostrar.
Louvado seja Deus, ó meu pai!