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Em 1985 consegui o cargo de Secretaria Executiva em São Paulo. Nessa Empresa eu me desenvolvi muito profissionalmente; no entanto, nunca consegui ter aquela objetividade de uma Secretária desse nível. Eu era a protetora dos fracos e oprimidos e,  muitas vezes, meu chefe tentava me ensinar que eu tinha que ser muito discreta e me colocar na minha posição. Eu era amiga dos guardinhas-mirins e  por eles eu tinha uma afeição muito especial. 

Um dia houve um problema trazido ao meu chefe que um deles, o Fernandinho, havia roubado dinheiro da caixinha do departamento.       
- Impossível! falei indignada! Eu coloco a mão no fogo pelo Fernandinho! Ele nunca faria isso!   

Ser  uma Secretaria Executiva passional não era uma boa receita! Meu chefe  olhou para mim de um modo bondoso e disse: “Vamos ver, Mary,  precisamos investigar!”. Dias depois tudo  foi provado por um vídeo que mostrava claramente o Fernandinho tirando o dinheiro! E eu olhava aquilo como se fosse um filme de ficção científica!

 

No dia seguinte meu chefe me chamou.
Mary, estenda suas duas mãos para mim!  Obedeci, e com aquele sorriso de paizão ele disse: “Aprenda essa lição querida Secret
ária - nunca coloque  a mão no fogo por ninguém!”. 

Lição aprendida!

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 10/02/2023
Reeditado em 10/02/2023
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