Fake News, uma praga a ser combatida.
Fake News, uma praga a ser combatida.
Demoramos para entrar em contato com a política. Aprendemos muito tarde a importância da democracia, e como ela funciona, e da importância da nossa Constituição. Na verdade, poucos se interessam por ela. Talvez por isso, alguns de nós, são presas fáceis dos dogmas que surgem na sociedade.
Bombardeados por informações divulgadas pelos profissionais de comunicação que trabalham em diversas mídias, nem todos sérios, destacando-se aí, aqueles que trabalham na internet , com suas novas redes sociais, onde se propaga de tudo, um território livre para seus usuários, que são milhões - ali as notícias falsas se misturam com as verdadeiras. E elas, até receberam um nome pomposo: fake News! A maioria da população já sabe tratar das notícias falsas, implantadas nas redes sociais para atingir um adversário, mas não sabem como identificá-las. Cabe aqui o provérbio “devemos separar o joio do trigo”. Mas, infelizmente, ainda não temos ferramentas que nos auxiliem a distinguir, o falso do verdadeiro, nos tornando assim, massa de manobra.
A mentira sempre existiu, mas nesses últimos quatro anos, o uso das fake News, cresceu demais - foi amplamente praticado: com uma enxurrada de mentiras, atingindo seu ápice nas eleições. E não parou nem depois que saiu os vencedores do pleito. Continuou... e continua, apesar de já ter até gerado mortes, e no dia 08 de janeiro passado, mostrou sua pior face, e para que serve, provocando um estrago nas páginas de nossa história democrática que jamais será apagado.
Provando ser um perigo para qualquer sociedade, como um vírus que se espalha e contamina, e o seu efeito colateral atinge a capacidade crítica do indivíduo, que lhe permite separar o real do imaginário, tornando-o um aficionado e fanático, capaz de afirmar que a terra não é redonda, e que a lei da gravidade não existe.
A convocação de cidadãos comuns para manifestações que geraram o quebra-quebra das instituições que representam o poder da nossa república – O congresso e suas casas legislativas - só pode ser explicada pelo uso desse antigo/novo vírus, que contamina parte da população, tornando-a irracional e violenta.
Muitos se utilizam da retórica, afirmando que a liberdade de expressão não pode ser negada, mas que liberdade é essa? Que prega a violência e a mentira. E me pergunto? Se um cidadão está contaminado por uma mentira, qual será sua capacidade de distinguir o certo do errado? – o que é liberdade de expressão, e o que é barbárie? Será que ele está no seu juízo perfeito?
Felizmente, parece que nossas instituições reagiram rapidamente, e tudo parece estar voltando ao normal. Ainda bem que já se estuda maneiras para inibir essa prática perigosa. Espero que um dia, quem sabe com um pouco mais de cultura, essa praga chamada “fake News”, diminua, porque extingui-la acho difícil!!!