Coadjuvante no ar
Alguns amigos são engraçados. Vêm até você com uma novela mexicana, choram melancia, vomitam segredos de liquidificador e depois transformam você em vilão. No momento em que as cenas estavam acontecendo, as falas lodosas escorregavam verdades e mentiras da situação e na qualidade de espectador você sente toda a frustração. Tomado pelo sentimento envolvente do enredo, não resta outra alternativa, a não ser coadjuvante da trama. Mas, com algumas falas prontas, do tipo que espera-se ouvir para amenizar a dor ou aliviar a tensão. Nada de tamanha importância, nem de tacar lenha na fogueira, tampouco de tomar partido, entretanto, de concordar com alguns pontos críticos ou em comum. Porque tem indivíduo que aproveita a chance para ganhar seus quinze minutos de fama e rouba a cena de um jeito inesquecível, principalmente para desqualificar alguém de representatividade. Aquele que no fundo tem-se medo de superar a expectativa de alguém e ameaçar seu papel. O que é infantil e maldade, pois todos merecem um lugar ao sol. Não se pode ganhar sempre e nem ficar no topo o tempo todo. Fechando este preâmbulo, retomo o ponto em que uma simples opinião, sugestão ou concordância pode deflagar uma terceira guerra mundial. Não importa o que você fez de certo e politicamente correto, estará na linha de frente duelando com o invisível. Nunca se sabe de onde virá a primeira pedra, bala ou flecha, só sei que dói muito ser atingindo por quem queremos tanto bem.